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Pelo menos 10 mortos, incluindo crianças, em confrontos na Somália

Pelo menos 10 pessoas foram mortas em confrontos entre milícias armadas leais ao Governo da Somália e forças da autoproclamada República da Somalilândia, numa cidade disputada na região norte, revelaram hoje autoridades locais.

Pelo menos 10 mortos, incluindo crianças, em confrontos na Somália
Notícias ao Minuto

18:50 - 06/02/23 por Lusa

Mundo Somália

A localidade de Las Anod é reivindicada tanto pela Somalilândia como pela região autónoma de Puntland, leal a Mogadíscio.

Horas antes dos confrontos, lideres tradicionais do território Sool, onde se situa Las Anod, emitiram um comunicado comprometendo-se a apoiar "a unidade e a integridade da República Federal da Somália", instando as autoridades da separatista Somalilândia, um estado na Somália não reconhecido internacionalmente, a retirarem as suas forças da região.

"Forças armadas" atacaram com "morteiros e granadas" campos das forças armadas nacionais", disse aos jornalistas o ministro do Interior da Somália, Mohamed Kahin Ahmed.

"Os agressores envolvidos nos combates fazem parte das forças que foram organizadas pelos lideres tradicionais locais", acrescentou.

Um chefe tradicional, Hirsi Farah Magan, citado pela agência France-Presse, também revelou que "a morte de mais de 10 pessoas foi confirmada até agora", detalhando que viu "os corpos de três crianças e a mãe mortos num ataque de morteiros contra a sua casa".

Outro líder local, Mohamed Cheikh Adan, disse que tinha confirmado a morte de "10 pessoas, incluindo seis civis, com crianças entre elas".

O Presidente da Somalilândia, Muse Bihi, cuja administração está em Hargeisa, avisou que as autoridades estavam prontas para defender a república contra qualquer ameaça à sua soberania.

O controlo de Las Anod, uma cidade localizada num eixo comercial, mudou de mãos várias vezes nas últimas décadas.

Em janeiro, os protestos desencadeados pela morte de um político local no final de 2022 abalaram a cidade, onde partidos da oposição e grupos de defesa dos direitos humanos acusam as forças somalis de matarem vários manifestantes.

Um antigo protetorado britânico, a Somalilândia imprime a sua própria moeda, emite passaportes e elege o seu governo, mas a falta de reconhecimento internacional mantém-na isolada.

A região, relativamente estável em comparação com o resto da Somália, tem sido abalada nos últimos meses por manifestações violentas e crises políticas.

Leia Também: Somália. União Africana investiga morte de sem-abrigo pelos seus soldados

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