"Ataque maciço de drones em Dnipro (...) Até agora, sabemos de uma pessoa falecida", disse o governador da região de Dnipropetrovsk, Sergiy Lysak, no Telegram.
O presidente da câmara da cidade, Borys Filatov, também relatou uma morte num "ataque maciço", sem fornecer mais detalhes para confirmar se se tratava da mesma vítima.
A região de Dnipropetrovsk foi recentemente atacada pelas tropas russas, obrigando as autoridades locais a ordenarem evacuações na terça-feira.
Em Kharkiv, o presidente da câmara, Igor Terekhov, reportou um número de "39 feridos", tendo anteriormente mencionado "16 ataques" na cidade perto da fronteira.
Do lado russo, o governador em exercício da região de Kursk (oeste), Alexander Khinchtein, também denunciou no Telegram "ataques de drones nos subúrbios de Rylsk", dando conta de três feridos, dois dos quais hospitalizados.
O chefe de Estado russo, Vladimir Putin, propôs recentemente um cessar-fogo de três dias, de 08 a 10 de maio, para assinalar a comemoração do fim da Segunda Guerra Mundial em Moscovo, mas rejeitou o pedido da Ucrânia, apoiado pelos EUA, de um cessar-fogo de 30 dias.
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, avisou na terça-feira que os Estados Unidos vão cessar a mediação se a Rússia e a Ucrânia não apresentarem "propostas concretas" para pôr fim à guerra, disse uma porta-voz.
"Chegámos a um ponto em que ambas as partes precisam de fazer propostas concretas para acabar com este conflito", declarou a porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, à comunicação social.
"Se não houver progressos, retirar-nos-emos como mediadores neste processo", acrescentou.
A porta-voz disse que, em última análise, vai caber ao Presidente norte-americano, Donald Trump, decidir se avança na esfera diplomática.
Os Estados Unidos não querem "um cessar-fogo de três dias para podermos celebrar outra coisa qualquer, mas sim um cessar-fogo completo e duradouro e o fim do conflito", insistiu Bruce.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu hoje que não se ofereça "qualquer prenda" à Rússia, referindo-se à cedência de territórios do seu país a Moscovo no âmbito de um eventual acordo para terminar o conflito.
"Todos queremos que esta guerra termine de forma justa, sem qualquer prenda para [Presidente russo, Vladimir] Putin, e especialmente sem terras", afirmou Zelensky numa cimeira regional, quando a Rússia se prepara para celebrar em maio o 80.º aniversário da vitória soviética na Segunda Guerra Mundial e declarou uma trégua unilateral nesse período.
A Rússia ocupa parcialmente quatro regiões no sul e leste da Ucrânia - Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson -- desde a invasão lançada por Putin em fevereiro de 2022.
Anexou também a península ucraniana da Crimeia em 2014, após uma intervenção das suas forças especiais e um referendo não reconhecido por Kyiv e pelo Ocidente.
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, insistiu na segunda-feira que o reconhecimento internacional destas anexações é uma condição imperativa para pôr fim à invasão da Ucrânia.
A administração norte-americana liderada pelo Presidente Donald Trump, que está a mediar negociações entre Kyiv e Moscovo, pondera o reconhecimento da anexação da Crimeia.
Volodymyr Zelensky, por sua vez, tem insistido repetidamente nos últimos dias que esta possibilidade é inaceitável.
Na segunda-feira, Trump disse acreditar que a Ucrânia está pronta para desistir de recuperar a península.
"Acho que sim. A Crimeia foi há 12 anos", disse Trump aos jornalistas durante uma visita a Nova Jérsia, quando questionado se achava que Zelensky estava disposto a ceder o território para pôr um fim à invasão russa.
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