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ONU pede a Teerão que trave execuções e proteja direito de manifestação

A ONU pediu esta segunda-feira ao Irão que termine com as execuções e respeite o direito à liberdade de manifestação pacífica, após o regime de Teerão ter enforcado uma segunda pessoa relacionada com os protestos antigovernamentais que abalam o país.

ONU pede a Teerão que trave execuções e proteja direito de manifestação
Notícias ao Minuto

20:04 - 12/12/22 por Lusa

Mundo Teerão

"Não há lugar para a pena de morte e queremos garantir que não se levam a cabo mais execuções", disse um porta-voz da ONU, Farhan Haq, quando questionado sobre o assunto.

Segundo o porta-voz, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, considera que as "circunstâncias" desta última execução "foram particularmente cruéis".

Um jovem iraniano, identificado como Majidreza Rahnavard, foi hoje enforcado na cidade sagrada de Mashad (nordeste), após ter sido acusado de esfaquear até à morte dois membros das forças de segurança e ferido outros quatro, no dia 17 de novembro, durante os protestos desencadeados pela morte da jovem curda iraniana Mahsa Amini em meados de setembro.

O jovem de 23 anos foi preso em 19 de novembro, acusado no dia 24 e o seu julgamento foi realizado no dia 29, mesmo dia em que foi condenado à morte, após supostamente ter confessado os seus crimes, segundo relatou a imprensa iraniana.

A execução de Rahnavard ocorreu quatro dias após o primeiro enforcamento de um outro condenado por participar na recente vaga de protestos, que já resultaram em nove sentenças de morte.

Farhan Haq disse que a ONU transmitiu a sua preocupação ao Irão em vários níveis e insistiu com Teerão na necessidade de permitir protestos pacíficos.

"Queremos garantir que não haja uso excessivo da força e que o direito de manifestação e reunião pacífica seja respeitado. Neste momento, no terreno, há sinais muito preocupantes de que isso não está a acontecer", disse o porta-voz.

Segundo a organização não-governamental (ONG) Iran Human Rights, com sede em Oslo, em cerca de três meses de protestos mais de 500 pessoas morreram e pelo menos 15.000 foram detidas.

Entre os mortos há pelo menos 44 menores, 34 deles por disparos com munição real na cabeça ou em órgãos vitais, segundo denunciou a Amnistia Internacional. 

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