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EUA. Homem condenado a 5 anos por agredir polícias em ataque ao Capitólio

Sandlin foi com dois outros homens ao comício e acabou por ser liderar uma parte da multidão em direção ao edifício do Congresso, com o objetivo de interromper a certificação das eleições de 2020 nos Estados Unidos.

EUA. Homem condenado a 5 anos por agredir polícias em ataque ao Capitólio
Notícias ao Minuto

23:21 - 09/12/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Ataque ao Capitólio

Foi condenado esta sexta-feira mais um homem envolvido no ataque ao Capitólio por apoiantes do antigo presidente Donald Trump, no dia 6 de janeiro de 2021. Ronald Sandlin foi condenado a cinco anos de prisão por ter uma viatura cheia de armas de fogo e por agredir agentes de segurança que tentaram conter a violência no edifício do Congresso norte-americano.

Natural de Millington, no estado do Tennessee, Sandlin declarou-se culpado dos crimes de conspiração para obstruir as eleições, e por agredir, resistir e impedir agentes da polícia.

Segundo as autoridades, citadas pela Associated Press, o homem era um fervoroso das teorias QAnon, um conjunto de teorias da conspiração espalhado por redes sociais que, entre muitas outras coisas, veiculou que as eleições de 2020 foram fraudulentas e roubadas ao então presidente Donald Trump - algo que todas as instituições oficiais desmentiram.

As teorias foram sempre fomentadas por Trump, e o crescimento das teorias e da radicalização dos seus apoiantes levou ao comício do dia 6 de janeiro, e ao ataque que resultou na morte de cinco pessoas e na paragem da certificação da eleição de Joe Biden.

Na investigação realizada pelas autoridades, Sandlin viajou com outros dois homens do Tennessee até Washington D.C., num carro alugado com duas pistolas, dois carregamentos de balas, latas de repelente de urso, proteção militar, muitas facas e outro tipo de armamento. Os outros dois homens foram condenados na sexta-feira a quatro anos cada um.

Segundo a Associated Press, dois dias antes do ataque, Ronald Sandlin publicou uma fotografia na cama com uma arma, aludindo ao ataque eminente e usando um termo referente à guerra civil.

O homem terá sido um dos principais autores de ataques contra polícias, liderando a multidão em dois pontos do Capitólio, empurrando polícias e tentando destruir o capacete de protetor de um deles. Nas imagens capturadas pelas autoridades, foi possível mostrar Sandlin a dizer a um agente que "merecia morrer" por fazer frente à insurreição de apoiantes de Trump.

Além dos ataques, Sandlin fumou canábis no interior do Capitólio e roubou um livro de um escritório.

Numa carta entregue pelo seu advogado, o condenado acabou por admitir que "permitiu-se a acreditar em mentiras e em desinformação", pedindo desculpas aos agentes e aos legisladores. "Eu acredito que o dia 6 de janeiro de 2021 foi uma tragédia nacional para todos os envolvidos e espero que o meu julgamento ajude a avançar com o processo de tratamento", escreveu.

Mais de 900 pessoas foram até agora acusadas de crimes relacionados com o motim contra o Capitólio e o governo norte-americano, e muitas dessas pessoas foram encontradas graças a imagens nas redes sociais que as próprias publicaram, orgulhando-se do ataque.

Foram condenadas várias pessoas, incluindo líderes de milícias de extrema-direita que prepararam o ataque durante meses como os Proud Boys e os Oath Keepers, dois dos grupos mais perigosos do país. O próprio Donald Trump continua a ser investigado pela justiça americana pelo seu papel em incentivar a violência da multidão contra o Congresso e contra o seu vice-presidente, Mike Pence.

Até agora, a pena mais pesada foi dada a um antigo polícia de Nova Iorque, que foi condenado a 10 anos de prisão por usar uma bandeira de metal para agredir um agente da polícia.

Leia Também: Primeiro invasor do Capitólio dos EUA foi condenado a três anos de cadeia

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