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Greenpeace recorre ao Supremo argentino contra exploração petrolífera

A organização ecologista Greenpeace vai apresentar um recurso no Supremo Tribunal da Argentina contra um projeto de exploração petrolífera 'offshore' (no mar), no norte, liderado pela norueguesa Equinor.

Greenpeace recorre ao Supremo argentino contra exploração petrolífera
Notícias ao Minuto

06:46 - 06/12/22 por Lusa

Mundo Argentina

A Greenpeace decidiu recorrer ao Supremo depois de na segunda-feira a Câmara Federal da cidade de Mar da Prata anular uma providência cautelar que travava o projeto petrolífero nas águas do Atlântico sob jurisdição argentina.

"Vamos apresentar um recurso extraordinário no Supremo Tribunal, a expressar o nosso desacordo com esta falha da Justiça", disse à Efe uma dirigente da organização ambientalista, Luisina Vueso.

Para esta, a decisão da Câmara Federal "está mal e pouco fundamentada, considerando a bateria de argumentação contundente" que a Greenpeace tinha apresentado.

"É realmente indigno que, apesar da decisão favorável da primeira instância que tivemos sobre o princípio de proteção do Mar Argentino, a Justiça tinha falhado agora a favor de uma empresa estrangeira", considerou.

A controvérsia começou no final de dezembro de 2021, quando o governo argentino, através de uma resolução do Ministério do Ambiente, autorizou a exploração sísmica em três blocos situados entre 307 e 443 quilómetros da costa do Mar da Prata, o maior centro de férias da costa atlântica de Argentina, que vive do turismo e da pesca.

Equinor é a operadora das três áreas, se bem que no bloco principal, esteja associada à YPF, controlada pelo Estado argentino, e à anglo-holandesa Shell, e em um segundo apenas à YPF.

No início deste ano, a Greenpeace e outras organizações iniciaram uma ação, que se juntou a outras, para conseguir a suspensão de todas as atividades de exploração sísmica e exploração petrolífera na zona.

Em fevereiro, o Julgado Federal 02 do Mar da Prata resolveu cautelarmente a suspensão imediata da aprovação do projeto de exploração sísmica nas aras em causa.

Agora, ao levantar a medida cautelar, a Câmara Federal do Mar da Prata exortou as autoridades administrativas a que mantenham permanentemente "um nível máximo de controlo" sobre as atividades do projeto.

Para a Greenpeace, este projeto, a avançar, vai implicar a "destruição" de um dos ecossistemas mais relevantes do Atlântico Sul.

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