Turquia espera mais extradições de membros do PKK pela Suécia
O ministro da Justiça turco definiu esta segunda-feira como "um início" a extradição de um membro do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) pela Suécia durante o fim de semana, e disse que Ancara espera novas medidas similares.
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"O reenvio de um terrorista pertencente ao PKK é um início que demonstra a sua sinceridade", disse o ministro da Justiça, Bekir Bozdag, no decurso de uma entrevista a cadeia televisiva pública TRT.
"Esperamos que outros se sigam", acrescentou.
Mahmut Tat, expulso pela Suécia, foi indiciado por um tribunal logo após a sua chegada e está detido numa prisão de Istambul.
A agência noticiosa oficial turca Anadolu indicou que foi condenado a seis anos e dez meses de prisão por ser um membro do PKK, a guerrilha curda da Turquia considerada terrorista por Ancara, União Europeia e Estados Unidos.
Mahmut Tat refugiou-se na Suécia em 2015 mas o seu pedido de asilo foi rejeitado.
O destino de diversos cidadãos curdos da Turquia que se exilaram ou refugiaram na Suécia, e em menor número na Finlândia, tem dominado as discussões com Ancara sobre a adesão dos dois países nórdicos à NATO.
A Turquia bloqueia desde maio o alargamento da Aliança Atlântica ao exigir a extradição de diversos nomes incluídos numa lista e que considera militantes ou simpatizantes de organizações curdas consideradas "terroristas" ou próximos do movimento dirigido pelo predicador Fetullah Güllen, acusado de orquestrar a tentativa de golpe de Estado de 2016.
A tomada de posse de um novo Governo da Suécia, liderado por formações de direita e que afastaram os sociais-democratas do poder, permitiu uma maior consonância entre Estocolmo e Ancara sobre esta sensível questão.
No final de novembro, o chefe da diplomacia turca Mevlut Çavusoglu considerou que os dois países efetuaram "passos positivos" mas acrescentou que Ancara aguardava por "medidas concretas".
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