As autoridades estão a investigar um episódio de tortura a dois homens que terão tentado roubar duas embalagens de picanha, em Canoas, na cidade brasileira de Porto Alegre, no Estado do Rio Grande do Sul.

De acordo com as imagens obtidas pelas autoridades, as suspeitas apontam para cinco segurança, o gerente e o subgerente do estabelecimento . No vídeo, é possível ver-se um dos homens a entregar os dois pacotes de picanha, no valor de cerca de 200 dólares - cerca de 72 euros - e a ser agredido com logo de seguida. Tudo se terá passado a 12 de outubro.

"O primeiro rapaz ele já tem dominado, o rapaz com as carnes. E em um primeiro momento, sem nenhuma reação, ele já dá um soco na região do rosto, o que o faz cair. Então, ele já acaba sentando naquele primeiro momento e, a partir daquele primeiro golpe, ele não esboça nenhuma reação", explica o delegado, citado pelo g1.

Segundo as imagens obtidas pela publicação brasileira, um segurança aproxima-se novamente da vítima, diferindo-lhe alguns golpes - enquanto o gerenta da loja desaparece durante três minutos. Quando volta, traz um martelo na mão.

De acordo com o g1, a polícia terá tido conhecimento do caso depois do familiar de uma das vítimas, que teve que ser colocada em coma induzido devido aos ferimentos graves, ter feito uma denúncia. 

O g1 conta ainda quando viram a polícia entrar no estabelecimento, os responsáveis tentaram apagar as imagens, mas, após a perícia ser feita, as 31 câmaras de vigilância denunciaram a situação.

"Eu analisei alguns trechos até conseguir um instante em que tinha um evento que pareceu suspeito. Uma evidencia de algo que a polícia estava buscando. Eles estavam tentando ocultar as provas. Eles acharam que tinham apagado, mas esses arquivo não são apagados desta forma", explicou um dos peritos.

As agressões terão decorrido durante 45 minutos, e, a certo momento, as luzes são apagas. As câmaras continuam a registar agressões, e, desta vez, com recurso a paus de madeira. O g1 conta que há mesmo alguns dos agressores que se riem. As duas vítimas são agredidas com paletes de madeira, que servem para acomodar as compras.

"É uma cena que chama muita atenção, e logo após a agressão, a gente vê um sorriso no rosto, parece que não tem noção do quanto aquela agressão poderia ser importante, até no sentido de provocar uma morte, como quase aconteceu", explica o delegado, explicando ainda que há momentos que se veem momentos "em que colocam sacos na cabeça".

Depois de libertarem as vítimas, os seguranças voltaram ao armazém onde ocorrem as agressões e tiraram uma fotografia.

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