Primeiro-ministro britânico descarta alinhar novamente com leis europeias
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, afirmou hoje que sob o seu mandato o Reino Unido "nunca" vai voltar a alinhar-se com as leis da União Europeia (UE), enquanto garantia que tentará "revitalizar" as relações com os seus vizinhos europeus.
© Jeff J Mitchell/Getty Images
Mundo Reino Unido
"Estamos a promover uma evolução das nossas relações pós-Brexit com a Europa, incluindo as relações bilaterais, bem como a participação na nova Comunidade Política Europeia", fórum idealizado pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, no qual participam países externos à UE, com Turquia, Ucrânia, Balcãs Ocidentais, Arménia, Azerbaijão e o próprio Reino Unido.
Sunak falava durante o tradicional discurso no Guildhall, sede do gabinete do presidente da câmara de Londres (distrito financeiro da capital).
"Mas isso não significa mais alinhamento. Sob a minha liderança, nunca nos alinharemos com a legislação da União Europeia. Em vez disso, vamos promover relações de respeito e maduras com os nossos vizinhos em questões partilhadas como energia e imigração ilegal", prosseguiu.
As declarações do líder do Governo britânica fizeram cair por terra as especulações nas últimas semanas na imprensa local sobre a possibilidade de o Reino Unido procurar uma relação com a UE semelhante à da Noruega e da Suíça.
Tanto os suíços como os noruegueses participam no mercado comunitário com menos barreiras do que os britânicos, embora aceitem leis comunitárias e a jurisdição dos tribunais europeus, e participem na área de livre circulação de pessoas, entre outras condições.
No seu discurso de hoje, Sunak sublinhou também a importância de reconhecer o "desafio sistémico" colocado pela China.
É "um desafio que se torna mais agudo à medida que [Pequim] caminha para um autoritarismo ainda maior", disse Sunak.
"Claro que não podemos simplesmente ignorar a importância da China nos assuntos mundiais, desde a estabilidade económica global a problemas como as alterações climáticas", sublinhou o primeiro-ministro britânico, que optou pela "diplomacia e diálogo" para gerir as relações com Pequim.
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