Os manifestantes tentaram deslocar-se para principal rua pedestre de Istambul, Istiklal, assinalando o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres.
A manifestação tinha sido, previamente, proibida pelas autoridades, que justificaram a decisão com motivos de segurança pública.
Dezenas de manifestantes acabaram detidos e encaminhados para a esquadra mais próxima.
Em 13 de novembro, Istiklal foi alvo de um ataque que matou seis pessoas.
As autoridades atribuíram o ataque a militantes curdos, mas estes negaram o seu envolvimento.
O gabinete do governador de Istambul proibiu a instalação de exposições, música ao vivo e espaços de alimentação naquela rua.
No ano passado, o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, decidiu que o país ia abandonar a convenção de Istambul, assinada em 2011, o que mereceu a condenação de vários grupos de defesa dos direitos das mulheres.
Para o executivo, esta convenção não é compatível com os valores da Turquia, ao "encorajar o divórcio e minar a unidade familiar tradicional".
Os críticos turcos também alegam que este acordo promoveu relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo.
No início deste ano, o parlamento retificou um diploma que aumenta as penas de prisão para crimes em que a vítima seja uma mulher e tornou a perseguição um crime punível com a detenção.
Este ano, pelo menos, 349 mulheres foram mortas na Turquia, segundo dados do grupo 'We Will Stop Femicide'.
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