As acusações à China incluem tortura, violência sexual, desaparecimento de pessoas, trabalhos forçados e encarceramento em campos de concentração nas zonas desérticas da região de Xinjiang, situada no noroeste do país.
Pequim sempre negou a existência de tais instalações e qualquer envolvimento no sequestro de uigures da região, até que os complexos de edifícios erigidos no meio do deserto, rodeados de arame farpado e com torres de vigia com guardas armados foram localizados através da aplicação Google Maps.
A comissão instou também a China a libertar todas as pessoas arbitrariamente privadas da sua liberdade e encarceradas em Xinjiang nesses recintos que Pequim agora designa como "centros de formação profissional", mas que grupos e organizações de defesa dos direitos humanos classificam como campos de concentração ou de "reeducação".
Aquele organismo das Nações Unidas exortou ainda o Governo chinês a pôr fim às represálias contra os uigures e as restantes comunidades muçulmanas do país e apelou para que seja garantido o pagamento de indemnizações às vítimas de violações dos direitos humanos em Xinjiang.
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