"Só esta noite, cerca de 4,5 milhões de consumidores ficaram temporariamente sem energia" em Kyiv e em outras 10 regiões do país, indicou Zelensky no seu discurso habitual noturno.
Os russos "não podem derrotar a Ucrânia no campo de batalha, é por isso que estão a tentar destruir o nosso povo", cedendo ao "terror energético", acusou.
"A Rússia recorrer ao terror contra o setor energético mostra a fraqueza do inimigo", salientou.
Afirmando que o desafio de suportar o "terror energético russo" é agora a "tarefa nacional" de todos os ucranianos, o chefe de Estado referiu que os ataques russos às instalações de energia do país "não param um único dia" e vão ter de receber "uma resposta poderosa".
Face à situação, Zelensky pediu às autoridades locais que garantam que "não haja uso desnecessário de eletricidade" nas cidades e comunidades da Ucrânia.
"Agora definitivamente não é hora para janelas brilhantes, placas, anúncios e coisas do género", avisou.
Também solicitou às empresas de energia que informem os cidadãos com prontidão.
"É necessário fazer de tudo para que as falhas de energia sejam previsíveis e compreensíveis pelos consumidores", acrescentou.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.430 civis mortos e 9.865 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
[Notícia atualizada às 23h06]
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