Ucrânia. Quase 4,5 milhões pessoas sem eletricidade após ataques russos

Quase 4,5 milhões de ucranianos ficaram hoje sem eletricidade após os recentes ataques russos a instalações de energia no país, afirmou o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

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Lusa
03/11/2022 22:29 ‧ 03/11/2022 por Lusa

Mundo

Volodymyr Zelensky

"Só esta noite, cerca de 4,5 milhões de consumidores ficaram temporariamente sem energia" em Kyiv e em outras 10 regiões do país, indicou Zelensky no seu discurso habitual noturno.

Os russos "não podem derrotar a Ucrânia no campo de batalha, é por isso que estão a tentar destruir o nosso povo", cedendo ao "terror energético", acusou.

"A Rússia recorrer ao terror contra o setor energético mostra a fraqueza do inimigo", salientou.

Afirmando que o desafio de suportar o "terror energético russo" é agora a "tarefa nacional" de todos os ucranianos, o chefe de Estado referiu que os ataques russos às instalações de energia do país "não param um único dia" e vão ter de receber "uma resposta poderosa".

Face à situação, Zelensky pediu às autoridades locais que garantam que "não haja uso desnecessário de eletricidade" nas cidades e comunidades da Ucrânia.

"Agora definitivamente não é hora para janelas brilhantes, placas, anúncios e coisas do género", avisou.

Também solicitou às empresas de energia que informem os cidadãos com prontidão.

"É necessário fazer de tudo para que as falhas de energia sejam previsíveis e compreensíveis pelos consumidores", acrescentou.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.430 civis mortos e 9.865 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

[Notícia atualizada às 23h06]

Leia Também: Rússia marca reabertura total da ponte da Crimeia para 20 de dezembro

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