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Mais cinco partidos anunciam boicote às legislativas na Tunísia

Mais cinco novos partidos da oposição tunisina anunciaram hoje que irão boicotar as eleições legislativas previstas para 17 de dezembro na Tunísia, com base numa controversa lei eleitoral imposta pelo Presidente Kais Saied.

Mais cinco partidos anunciam boicote às legislativas na Tunísia
Notícias ao Minuto

21:54 - 19/09/22 por Lusa

Mundo Tunísia

Saied, que monopoliza todos os poderes, promulgou quinta-feira passada um sistema de votação que reduz consideravelmente o papel dos partidos políticos que participariam nas eleições.

A nova lei eleitoral substitui o sistema de primeira votação em duas voltas pelo de listas que estava em vigor antes do golpe liderado pelo presidente Saied, em julho de 2021.

O novo Parlamento terá 161 deputados e as respetivas prerrogativas serão muito limitadas, segundo os termos da nova Constituição que o chefe de Estado aprovou em julho num referendo amplamente boicotado pela oposição.

Hoje, uma coligação de cinco partidos políticos da oposição, incluindo o Partido dos Trabalhadores e a al-Joumhouri (centro), anunciou que vai boicotar a votação.

"As eleições representam a última etapa da agenda política imposta por Saied", declarou aos jornalistas Issam Chebbi, líder do partido centrista al-Joumhouri.

"Saied é um ditador", atacou Hamma Hammami, líder do Partido dos Trabalhadores e feroz opositor ao regime do Presidente deposto em janeiro de 2011, Zine El Abidine Ben Ali, que viria a morrer no exílio em 2019 na Arábia Saudita.

No início deste mês, a Frente de Salvação Nacional, uma coligação de partidos da oposição, incluindo a formação de inspiração islâmica Ennahdha, já tinha anunciado que boicotaria as eleições legislativas antes mesmo da publicação da polémica nova lei eleitoral.

Após meses de bloqueios políticos, Saied suspendeu o Parlamento dominado pelo Ennahdha e demitiu o Governo a 25 de julho de 2021 para assumir plenos poderes, abalando a jovem democracia no país onde começou a onda de revoltas que ficou conhecida por Primavera Árabe, em 2011.

Leia Também: Presidente da Tunísia diminui poder dos partidos em vésperas de eleições

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