Uma reunião entre o Irão e os três países europeus deveria ter ocorrido no passado dia 02 de maio, mas foi adiada.
Araqchi não especificou a data do encontro mas disse aos jornalistas, à margem da reunião semanal do Conselho de Ministros em Teerão, que supõe que a próxima ronda de negociações a nível de vice-ministros dos Negócios Estrangeiros deve realizar-se na sexta-feira em Istambul.
Várias fontes diplomáticas francesas disseram à Agência France Presse que as discussões com o Irão vão decorrer "sexta-feira, em Istambul, a nível de diretores políticos".
A França, a Alemanha e o Reino Unido, juntamente com a República Popular da China e a Rússia, são partes no acordo alcançado com o Irão em 2015, que prevê um quadro para as atividades nucleares do Irão em troca do levantamento das sanções internacionais.
O acordo tornou-se "de facto" nulo e sem efeito na sequência da decisão unilateral dos Estados Unidos de se retirarem do tratado três anos mais tarde, durante o primeiro mandato presidencial de Donald Trump.
Num artigo publicado no domingo no portal do semanário francês Le Point, Araqchi advertiu os países europeus sobre o que considerou estratégia de confrontação.
No final de abril, o homólogo francês, Jean-Noel Barrot, afirmou que o grupo E3 (Alemanha, França e Reino Unido) não hesitaria em reintroduzir sanções contra Teerão se a segurança europeia fosse ameaçada pelo programa nuclear iraniano.
Desde 12 de abril, o Irão e os Estados Unidos - que não mantêm relações diplomáticas desde 1980 - realizaram quatro rondas de conversações sob a mediação do sultunato de Omã.
O objetivo destas conversações é concluir um novo acordo destinado a impedir o Irão de adquirir armas nucleares, uma ambição que Teerão sempre negou, em troca do levantamento das sanções que afetam a economia do país.
Além de se referir à eventual reunião de Istambul, Abbas Araqchi considerou enganadoras as afirmações do Presidente dos Estados Unidos, que acusou o regime de Teerão de ser a força mais destrutiva do Médio Oriente.
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