A autoridade para a comunicação afirmou que estava a cortar o sinal do canal francês TV5 Monde, após um apresentador de notícias ter afirmado que "centenas de forças de segurança foram mobilizadas para impedir os manifestantes de acederem" ao Palácio da Cultura, em Bamako, capital do Mali, durante um protesto a 3 de maio.
O organismo declarou que as afirmações eram incorretos e que as forças de segurança estavam presentes no local "para proteger os manifestantes".
Esta decisão foi a última ação das autoridades malianas contra os meios de comunicação social, tendo anteriormente proibido por três anos a estação de rádio francesa Radio France International (RFI) e o canal France 24, e de ter cortado, durante seis meses, o sinal do canal privado de televisão do Mali, Djobila TV News, devido a um debate que questionava a versão oficial de uma tentativa de golpe de Estado no Burkina Faso.
O TV5 Monde não se pronunciou sobre o anúncio feito pelo organismo maliano.
Tal como o Burkina Faso e o Níger, o Mali é governado por regimes militares que tomaram o poder na sequência de golpes de Estando. Estes regimes formaram uma aliança chamada Aliança dos Estados do Sahel (AES) e restringiram severamente a liberdade de expressão, cortando o sinal dos média e prendendo jornalistas, figuras políticas e líderes da sociedade civil.
Leia Também: Cardeal chileno documenta conclave nas redes. Até a lavagem da camisa