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Proposta da UE para apoiar Ruanda "não é um cheque em branco"

O alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, disse hoje que a sua proposta de apoio às tropas ruandesas em Moçambique não é "um cheque em branco" para o Governo do Ruanda.

Proposta da UE para apoiar Ruanda "não é um cheque em branco"
Notícias ao Minuto

20:36 - 09/09/22 por Lusa

Mundo UE

"Não se misturem as coisas", disse em conferência de imprensa, questionado sobre se a proposta colide com críticas da UE acerca de restrições de liberdades no país sob a liderança do Presidente Paul Kagame.

"Se a minha proposta for aprovada, será um apoio pelo esforço do Ruanda em Moçambique, não é um apoio ao orçamento ou um cheque em branco para o Governo do Ruanda", referiu.

No caso, seria "uma compensação pelo esforço do Ruanda em ajudar as forças armadas moçambicanas", à semelhança do apoio de 15 milhões de euros anunciados na quinta-feira para apoiar a SAMIM, missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) em Cabo Delgado.

"Acreditamos que o Ruanda está a dar um apoio importante aos militares moçambicanos e, graças a eles, a situação em Cabo Delgado mudou bastante", explicou.

A proposta sobre a qual os Estados-membros da UE devem pronunciar-se prevê um apoio de 20 milhões de euros para as tropas ruandesas que estão ao lado da SAMIM no apoio em combate às forças armadas moçambicanas no norte do país.

Já em fevereiro, o Presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu "novas soluções" de cooperação em matéria de segurança e defesa com África, apontando como um bom exemplo o apoio prestado pelo Ruanda a Moçambique no combate a insurgentes em Cabo Delgado.

A província é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por violência armada, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

A resposta militar em curso desde há um ano libertou distritos junto aos projetos de gás de Cabo Delgado, mas levou a uma nova onda de ataques noutras áreas, mais perto de Pemba, capital provincial, e na província vizinha de Nampula.

Há cerca de 800 mil deslocados internos devido ao conflito, de acordo com a Organização Internacional das Migrações (OIM), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.

Leia Também: Borrell satisfeito com 15 milhões para missão e espera apoiar Ruanda

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