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RDCongo quer discutir com Blinken atual estado de tensão com o Ruanda

O Presidente da República Democrática do Congo (RDCongo) pretende discutir as tensões entre o seu país e o Ruanda durante a visita, na terça-feira, a Kinshasa do secretário de Estado norte-americano, anunciou hoje a Presidência.

RDCongo quer discutir com Blinken atual estado de tensão com o Ruanda
Notícias ao Minuto

20:23 - 08/08/22 por Lusa

Mundo RDCongo

A RDCongo e o Ruanda atravessam de novo um período tenso, com Kinshasa a acusar Kigali de apoiar os rebeldes do Movimento 23 de Março (M23), o que as autoridades ruandesas reiteradamente negam.

Depois da África do Sul, primeira etapa da sua deslocação ao continente africano, iniciada no domingo, o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, visita os dois países esta semana, seguindo-se o Ruanda à RDCongo.

Na terça-feira, Blinken "será recebido no início da noite" pelo Presidente Félix Tshisekedi, que "não deixará de levantar questões de parceria estratégica entre a RDCongo e os EUA", destaca a Presidência em comunicado de imprensa divulgado em Kinshasa.

"O último relatório de especialistas da ONU sobre a invasão de tropas ruandesas convertidas em M23 não deixará de ser discutido", acrescenta a Presidência da RDCongo.

O Movimento 23 de Março (M23) é uma antiga rebelião dominada pelos tutsis derrotada em 2013, que voltou a pegar em armas no final do ano passado, acusando Kinshasa de não ter respeitado os acordos de desmobilização e reintegração dos seus combatentes.

O relatório elaborado por especialistas mandatados pelo Conselho de Segurança da ONU detalha o envolvimento direto do Ruanda, "unilateralmente ou em conjunto com combatentes M23" no leste da RDCongo.

Kigali contestou o que classificou como "alegações inválidas" e manifestou o "direito de defender o seu território".

Para a organização não-governamental (ONG) Human Rights Watch (HRW), o secretário de Estado Blinken deve, durante as visitas à RDCongo e ao Ruanda, "expressar claramente as verdades inconvenientes", "condenar publicamente os ataques do M23 nos termos mais fortes" e "advertir o Ruanda sobre as consequências do seu apoio ao M23".

"Tal como em 2012, o M23 está a cometer crimes de guerra contra civis", sublinha aquela ONG, especificando que "testemunhas descreveram execuções sumárias de pelo menos 29 pessoas".

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