MNE ucraniano reage às criticas da AI. Relatório é falsa "neutralidade"
O relatório "distorça a realidade" de forma a traçar uma "falsa equivalência moral entre o agressor e a vítima", afirmou Dmytro Kuleba.
© Getty Images
Mundo Ucrânia/Rússia
O Ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, reagiu, de novo, ao relatório da Amnistia Internacional (AI), apresentado esta quinta-feira, que alerta para o facto das forças ucranianas colocarem em perigo a população civil quando estabelecem bases militares em zonas residenciais e lançam ataques a partir de áreas habitadas por civis.
Em resposta a uma publicação na rede social Twitter da secretária-geral da AI, Agnès Callamard, que afirma que as 'Máfias' e 'Trolls' russos e ucranianos estão a atacar "as investigações da ONG, no que chama "propaganda de guerra e desinformação" que "não mudará os fatos", Kuleba deu o seu veredito.
Ukrainian and Russian social media mobs and trolls: they are all at it today attacking @amnesty investigations. This is called war propaganda, disinformation, misinformation. This wont dent our impartiality and wont change the facts. https://t.co/YvMy2E3d6p
— Agnes Callamard (@AgnesCallamard) August 4, 2022
Na sua reação, afirma que, "aparentemente, a secretária-geral da Amnistia chama 'Máfias' e 'Trolls'" à Ucrânia, porém isso não impede que o relatório "distorça a realidade" de forma a traçar uma "falsa equivalência moral entre o agressor e a vítima", bem como a impulsionar "os esforços de desinformação da Rússia".
E termina, salientando que as afirmações da representante da ONG, bem como o relatório, representam uma "falsa 'neutralidade', não veracidade".
Apparently @amnesty SG calls me a ‘mob’ and a ‘troll’, but this won’t stop me from saying that its report distorts reality, draws false moral equivalence between the aggressor and the victim, and boosts Russia’s disinformation efforts. This is fake “neutrality”, not truthfulness. https://t.co/Kz2GBzSZr3
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) August 5, 2022
As forças ucranianas põem civis em perigo quando montam bases e operam sistemas de armas "em zonas habitadas por civis, incluindo em escolas e hospitais, para repelir a invasão russa que começou em fevereiro", considerou a organização não-governamental, denunciando ainda que tais táticas violam o direito internacional e tornam zonas civis em objetivos militares contra os quais os russos retaliam.
Na noite de ontem, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, já tinha acusado AI de estar a tentar desculpabilizar a Rússia e a “transferir a responsabilidade do agressor para a vítima”.
"Não vemos relatórios claros e oportunos de algumas organizações internacionais sobre este e milhares de outros crimes cometidos por terroristas russos. Vimos hoje um relatório completamente diferente da Amnistia Internacional, que infelizmente tenta amnistiar [perdoar] o estado terrorista e transferir a responsabilidade do agressor para a vítima", afirmou, na sua intervenção.
Leia Também: Amnistia conclui que forças de Kyiv também puseram civis em perigo
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