O coordenador da Convenção para o Respeito dos Direitos Humanos (CRDH), Christoph Munyaanderu, indicou que os assaltantes invadiram a cidade de Kayera, onde "atearam fogo a dois templos protestantes, antes de fugirem para o deserto".
Também o chefe de Bahema-Boga, Katho Kaboya II, detalhou que "o inimigo atacou o condado de Bahema-Mitego, vizinho de Bahema-Boga" e causou "danos humanos e materiais", de acordo com o portal de notícias congolês 7sur7.
As ADF, um grupo ugandês criado nos anos 1090 e que era particularmente ativo no leste da RDCongo, acusado de matar centenas de civis nesta parte do país, pode estar a tentar voltar a operar no Uganda, de onde se retirou em 2003, após uma série de operações militares que reduziram drasticamente a sua capacidade para levar a cabo ataques no país.
As ADF separaram-se em 2019, após Musa Baluku - sancionado pelas Nações Unidas e pelos Estados Unidos - ter prometido fidelidade ao grupo rebelde Estado Islâmico na África Central (ISCA), a bandeira com que tem estado a operar desde então.
A RDCongo e o Uganda assinaram um acordo de defesa em dezembro para a realização de operações conjuntas no leste da RDCongo.
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