A unidade de mísseis Hutis realizou "uma operação militar contra o Aeroporto de Lod, conhecido em Israel como Aeroporto Ben Gurion, na região ocupada de Yafa (Telavive), utilizando um míssil balístico hipersónico", referiu o porta-voz militar dos Hutis, Yahya Sarea, em comunicado.
A mesma fonte destacou que o "míssil atingiu o seu alvo, fazendo com que milhões de sionistas ocupantes fugissem para abrigos e interrompendo as operações aeroportuárias durante quase uma hora".
As forças israelitas, por sua vez, relataram a interceção de um míssil disparado do Iémen, sem relatos de vítimas.
Esta operação, de acordo com Sarea, "confirma a contínua proibição do tráfego aéreo naquele aeroporto. Todas as outras companhias aéreas que ainda não anunciaram a suspensão dos voos devem seguir o exemplo, assim como as empresas que já anunciaram a suspensão dos voos para aeroportos na Palestina ocupada".
Sarea lembrou que os Hutis cessarão os seus ataques, tanto contra Israel como contra os mares Vermelho e Arábico, "após o fim da agressão contra Gaza e o levantamento do bloqueio".
Em 04 de maio, um míssil Huti atingiu o perímetro do aeroporto internacional Ben Gurion de Telavive, o que aconteceu pela primeira vez.
O ataque levou a maioria das companhias aéreas estrangeiras que servem Telavive a suspender os seus voos.
Depois de a guerra na Faixa de Gaza ter sido desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas contra Israel, em 07 de outubro de 2023, os rebeldes Hutis do Iémen realizaram dezenas de ataques com mísseis e 'drones' contra Israel, alegando estar a agir em solidariedade com os palestinianos.
Em represália a este ataque, Israel efetuou ataques na semana passada contra o aeroporto de Sana, que diz ter desativado completamente, bem como contra centrais elétricas e cimenteiras.
O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, afirmou no mesmo dia que o seu país iria responder "vigorosamente".
No domingo, o Exército pediu a evacuação de três portos iemenitas, mas desde então não foram registados ataques.
Os Estados Unidos, por seu lado, chegaram a um acordo de cessar-fogo com os Hutis através da mediação de Omã, pondo fim a semanas de ataques norte-americanos em represália aos ataques com mísseis dos rebeldes iemenitas.
Os Hutis integram o chamado "eixo de resistência" liderado pelo Irão contra Israel, de que fazem parte outros grupos radicais da região, como o Hezbollah libanês e os palestinianos Hamas e Jihad Islâmica.
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