Exilados cubanos suspeitam que morte de general pode ter sido "purga"
Exilados cubanos em Miami, nos Estados Unidos, reagiram hoje à morte do general López-Calleja, militar que geria o mais poderoso grupo económico de Cuba, mencionando uma possível "tensão interna" e uma "purga".
© Alexandre Meneghini/Reuters
Mundo Cuba
"Em regimes fechados comunistas isto pode indicar que existe uma purga e tensão interna", aventou o líder da Direção Democrática Cubana, Orlando Gutiérrez, que acrescentou não poder "provar" que é esse o caso, mas é a sua "opinião".
Segundo este responsável, com López-Calleja, membro da Mesa Política do Partido Comunista, partido único no país, e desde 1996 presidente do conglomerado empresarial do exército cubano, "21 generais cubanos morreram no último ano", incluindo figuras "chave", como o próprio e Francis Pardo, chefe do Exército do Oriente, salientou Gutiérrez, que considera o sucedido "algo muito estranho".
"O castrismo perde um homem-chave na sua máquina brutal. O general López-Calleja estava nos negócios do poder e enriqueceu à frente da empresa militar", disse a congressista republicana nascida em Cuba María Elvira Salazar.
O General Luis Alberto Rodriguez López-Calleja, antigo genro de Raul Castro, morreu hoje em Havana, de ataque cardíaco, aos 62 anos, anunciou a televisão estatal.
O militar, líder do Grupo de Administração Empresarial das Forças Armadas Revolucionárias (Gaesa), que reúne empresas dos setores do turismo, do comércio, telecomunicações e distribuição, tanto estrangeiras como nacionais, estava sujeito a sanções impostas pelos Estados Unidos.
Em janeiro de 2021, o oficial foi incluído por Washington na lista negra do Tesouro dos EUA, por "ajudar a financiar a opressão do regime em Cuba e a interferência [de Havana] na Venezuela".
Em setembro de 2020, López-Calleja já estava sujeito a sanções, com um congelamento dos seus bens nos EUA e ameaças de acusação para quem fizesse negócios com ele.
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