Pelo menos 5 mortos em ataque a escola primária e residências de Kharkiv
Entre os feridos estarão cinco crianças, segundo revelou o governador da região, Oleh Synehubov, na rede social Telegram.
© Reuters
Mundo Ucrânia/Rússia
As forças russas bombardearam o centro da cidade ucraniana de Kharkiv, na segunda-feira, provocando a morte de, pelo menos, cinco pessoas. Outras 22 terão ficado feridas, naquele que foi um ataque que atingiu complexos de apartamentos e uma escola primária.
Entre os feridos estarão cinco crianças, segundo revelou o governador da região, Oleh Synehubov, na rede social Telegram.
“Todos são civis de Kharkiv, que andavam nas ruas, nos parques de diversão… Sinceras condolências às famílias”, lamentou o responsável.
Synehubov informou ainda que os médicos locais “trabalham de forma intensiva e prestam toda a assistência necessária”.
O residente Maksim Antonenko revelou ter prestado auxílio aos feridos, após três explosões.
“Estava um homem deitado. Ajudei-o a colocar uma ligadura na perna e, os dois, parámos a hemorragia. Também estava ferido na mão”, contou à agência Reuters, acrescentando que a ambulância estava a tratar de uma criança ferida, com 12 anos.
Maryna Svet, por sua vez, viu o sogro morrer, minutos depois daquilo que descreveu como explosões ensurdecedoras.
“Ele era uma pessoa tão boa, tão bondosa. Estava sempre a cantar, queria que ganhássemos”, recordou.
“Quando saí alguém disse-me que alguma coisa tinha acontecido ao meu sogro. Aproximei-me, ele estava deitado, ainda vivo. Em literalmente 10 minutos, ficou ofegante, e foi isso”, rematou.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 15 milhões de pessoas - mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Além disso, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A ONU confirmou ainda que mais de quatro mil civis morreram e mais de cinco mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
A invasão russa - justificada pelo presidente russo pela necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores.
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