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Portugal não é destino de eleição, mas pedidos de asilo aceites aumentam

Portugal não é dos principais destinos no mundo ou na Europa para os refugiados, mas tem vindo a aumentar gradualmente as respostas positivas aos pedidos de asilo, sendo dos países europeus que mais acolhem menores não acompanhados.

Portugal não é destino de eleição, mas pedidos de asilo aceites aumentam
Notícias ao Minuto

19:01 - 20/06/22 por Lusa

Mundo Asilo

Estes e outros dados constam do mais recente "Relatório Estatístico do Asilo 2022", que foi apresentado hoje, em Lisboa, e que reúne informação relativa aos anos de 2020 e 2021 sobre requerentes e beneficiários de proteção internacional em Portugal.

O relatório demonstra que "Portugal não se encontra entre os principais destinos de proteção internacional no mundo ou na Europa", já que dos 26,4 milhões de refugiados registados em todo o mundo em 2020, apenas 2,7 milhões (12,9%) estavam num dos 27 países da União Europeia.

"Desses, Portugal somente acolheu cerca de 2,4 mil, ou seja, 0,1% do total dos refugiados da UE27", lê-se no documento, que acrescenta que nesse ano "Portugal se posicionava na vigésima posição entre os 27 estados membros por ordem dos que receberam maior número de refugiados para os que receberam menos".

A secretária de Estado da Igualdade e da Inclusão destacou, por seu lado, que Portugal tem vindo a mudar o paradigma, salientando que se entre 2019 e 2020 o país estava entre os países da UE com as mais altas taxas de recusa aos pedidos de asilo, com 77%, esse valor baixou para "apenas 40%" em 2021.

Isabel Almeida Rodrigues destacou o "tanto" que Portugal conseguiu fazer "em tão pouco tempo".

"É importante falar com esperança, pela mudança de paradigma que o governo implementou ao nível da proteção internacional depois de finais de 2015, mas também pela enorme generosidade dos portugueses no acolhimento de refugiados", disse a secretária de Estado, na abertura da sessão.

Lembrou que Portugal recebeu 3.250 pessoas, entre cidadãos recolocados e reinstalados, entre os quais 252 crianças e jovens não acompanhados, e frisou a "emergência do Afeganistão, que estalou no segundo semestre de 2021" e de onde Portugal recebeu "860 pessoas em menos de dez meses".

"Falo ainda da inesperada emergência da Ucrânia, logo no inicio deste ano. Portugal acolheu já 43 mil pessoas, que já formalizaram o pedido de proteção temporário", acrescentou Isabel Almeida Rodrigues, apesar de os dados sobre os refugiados ucranianos não constarem deste relatório.

Durante a apresentação, Catarina Reis Oliveira, diretora do Observatório das Migrações, entidade responsável pelo relatório, destacou que Portugal é o terceiro país da Europa com maior compromisso de acolher 500 recolocações de menores não acompanhados e de 100 recolocações de famílias vulneráveis da Grécia, tendo atingido uma taxa de execução de 50% no final de 2021.

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