Negociador ucraniano prevê retomar conversações com a Rússia em agosto
O chefe da delegação ucraniana nas negociações de paz com a Rússia, David Arajamia, apontou a possibilidade de retomar as conversações no final de agosto, assim que Kyiv conseguir reforçar a sua posição com uma série de contraofensivas.
© SERGEI KHOLODILIN/BELTA/AFP via Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
Numa entrevista à emissora "Voice of America", que foi difundida hoje pelos órgãos de comunicação ucranianos, o chefe dos negociadores disse que Kyiv não planeia retomar as conversações por enquanto, mas apenas no final do verão.
Questionado sobre o que vai mudar entre hoje e agosto, Arajamia recusou-se a dar detalhes, mas disse acreditar que haverá "operações de contraofensiva em alguns locais".
Para retomar as negociações, paralisadas desde o final de março, o negociador colocou a condição de as forças ucranianas conseguirem reforçar significativamente o seu controlo sobre o território ou que as tropas russas se retirem "voluntariamente" para as suas posições antes de 24 de fevereiro, dia em que a invasão começou.
Uma vez cumprida essa exigência, seria possível a Ucrânia sentar-se à mesa das negociações e lidar "através de canais diplomáticos e políticos" com questões como o regresso dos territórios separatistas no Donbass e na península da Crimeia.
"Estaríamos dispostos a considerar um acordo político, como o que propusemos em Istambul", acrescentou Arajamia, referindo-se à última ronda de conversações presenciais entre Kyiv e Moscovo, que teve lugar em 29 de março.
Após estas reuniões, a Rússia acusou os negociadores ucranianos de terem interrompido o diálogo.
Atualmente, o Governo ucraniano está relutante em voltar à mesa das negociações porque considera que Moscovo não é de confiança e que, com um cessar-fogo neste momento, a Rússia teria o controlo definitivo sobre os territórios ocupados durante a invasão.
Leia Também: AO MINUTO: Azot? Não há acordo para evacuar fábrica; 323 crianças mortas
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com