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Meios de comunicação russos mostram imagens de americanos capturados

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, assegurou que a Rússia não sabe de nada sobre o caso.

Meios de comunicação russos mostram imagens de americanos capturados
Notícias ao Minuto

19:52 - 17/06/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Ucrânia/Rússia

Os meios de comunicação russos mostraram, esta sexta-feira, imagens daqueles que dizem ser os dois cidadãos norte-americanos capturados em combate na Ucrânia, no que poderá ser uma primeira confirmação de que a dupla está refém das forças russas, avança a agência Reuters.

O jornal Izvestia divulgou um vídeo que diz ser uma breve entrevista com Andy Huynh, de 27 anos, ao passo que o canal RT publicou uma fotografia de um homem que identificou como sendo Alexander Drueke, de 39 anos.

Num dos vídeos, um homem com barba e sotaque norte-americano disse ser Alexander Drueke, repetindo estar “contra a guerra”. Outras imagens, que o jornal russo identifica como sendo Andy Huynh, reforçou também ser “contra a guerra”.

Recorde-se que os norte-americanos, ambos do estado do Alabama, foram dados como desaparecidos na quarta-feira, após passarem uma semana sem contactar os familiares.

Também esta sexta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, confirmou estar a par da situação, adiantando não saber onde é que os homens se encontram.

Foi ainda revelado que um terceiro combatente, Grady Kurpasi, de 49 anos, poderá ter sido capturado, estando desaparecido desde o dia 26 de abril.

Por sua vez, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, assegurou que a Rússia não sabe de nada sobre o desaparecimento dos voluntários norte-americanos.
"Não, não sabemos de nada", disse, citado pela Sky News.

Os Estados Unidos fizeram um apelo aos seus cidadãos para que não fossem para a Ucrânia, mas estimam que centenas tenham desobedecido os alertas. O presidente norte-americano reforçou esse apelo esta sexta-feira, reforçando que os cidadãos “não devem viajar para a Ucrânia neste momento”.

Não se sabe quantos norte-americanos estão naquele país mas, quando a guerra começou, em fevereiro, as autoridades ucranianas revelaram que quatro mil tinham expressado a intenção de combater contra a Rússia.

Até ao momento, é conhecida a morte em combate do norte-americano Willy Joseph Cancel, de 22 años, um ex-marine que tinha lutado no Iraque e que deixou as forças armadas em 2010.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 15 milhões de pessoas - mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Além disso, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A ONU confirmou ainda que 4.452 civis morreram e 5.531 ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

A invasão russa - justificada pelo presidente russo pela necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores.

Leia Também: Dois ex-militares norte-americanos podem ter sido capturados pela Rússia

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