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Soldados ucranianos cultivam vegetais na linha da frente
Veja o vídeo.
© Reprodução
11:47 - 01/06/22 por Notícias ao Minuto
Mundo Ucrânia/Rússia
Novas imagens, partilhadas pela agência de informação do Ministério da Defesa ucraniano, mostram soldados na linha da frente do conflito a cultivar vegetais, num esforço para se alimentar.
No vídeo, que poderá ver acima, um soldado é visto a cavar uma secção do solo perto do seu acampamento para plantar vegetais, enquanto os restantes se alimentam.
Em março, o responsável europeu pela Agricultura, Janusz Wojciechowski, revelou considerar que a Rússia estava a atacar deliberadamente as reservas de alimentos da Ucrânia para deixar a população do país à fome, “um método semelhante ao usado na década de 1930 pelos soviéticos na Ucrânia e no Cazaquistão”.
Na altura, o comissário revelou que os membros do Governo ucraniano relataram "muitos casos de ataques deliberados a infraestruturas agrícolas", o que, segundo considerou, pode ser interpretado como vontade "de criar fome como método de agressão".
Tanto a Ucrânia como a Rússia são importantes fornecedores dos mercados mundiais, especialmente de cereais e óleos vegetais, como trigo, cevada e milho. Kyiv é também responsável por mais de 50% do comércio mundial de óleo de girassol e um importante fornecedor de ração para a UE. Contudo, a invasão russa e o bloqueio dos portos do Mar Negro estão a dificultar a exportações dos cereais pelas autoridades ucranianas.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já matou mais de quatro mil civis, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior. O conflito causou ainda a fuga de mais de oito milhões de pessoas, das quais mais de 6,6 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
Leia Também: Rússia diz que cabe a Kyiv e ao Ocidente resolver a crise alimentar
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