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Irão considera que filme exibido em Cannes é "politicamente motivado"

As autoridades iranianas classificaram o filme "Holy Spider", exibido no 75º Festival de Cannes, em França, como "politicamente motivado", "tendencioso" e que mostra um lado obscuro do Irão, noticiaram hoje os 'media' locais.

Irão considera que filme exibido em Cannes é "politicamente motivado"
Notícias ao Minuto

09:43 - 30/05/22 por Lusa

Mundo Festival de Cannes

As autoridades iranianas classificaram o filme "Holy Spider", exibido no 75º Festival de Cannes, em França, como "politicamente motivado", "tendencioso" e que mostra um lado obscuro do Irão, noticiaram hoje os 'media' locais.

"Holy Spider", do realizador dinamarquês de origem iraniana Ali Abbasi e com a atriz iraniana Zar Amir Ebrahimi, é um filme sobre a impunidade da violência contra as mulheres no Irão.

Num comunicado, a Organização Cinematográfica do Irão classificou o filme "Holy Spider" como "politicamente motivado" e "tendencioso devido ao seu "conteúdo falso", "abominável" e por mostrar um "lado obscuro" do país.

O filme é um "insulto às crenças e valores de milhões de muçulmanos", mostra uma "imagem falsa do Irão" e "segue os passos de Salman Rushdie", referiu a nota da organização, citada hoje pela agência de notícias estatal iraniana IRNA.

Rushdie foi alvo de uma "fatwa" (decreto religioso) promulgada pelo ayatollah Khomeini, que o condenou à morte em 1989 por ter escrito o livro "Os Versos Satânicos".

"Potências influentes começaram a usar esses eventos (o festival) como ferramentas de guerra para confrontar países que buscam a liberdade", disse a organização cinematográfica iraniana.

"Esperamos que a França e o Festival de Cinema de Cannes se sintam responsáveis por ferir os sentimentos de milhões de muçulmanos", acrescentou o comunicado.

Baseado num caso real, o filme é sobre uma jornalista, Rahimi (Ebrahimi), que viaja para a cidade de Mashad para investigar o caso de um assassino de prostitutas, que acreditava estar numa missão divina para limpar as ruas do pecado.

Ebrahimi ganhou o prémio de melhor atriz no 75º Festival de Cinema de Cannes com este papel, depois de ter deixado o seu país em 2006 devido a uma grande campanha para a desprestigiar.

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