O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia informou que expressou o seu protesto junto do embaixador croata em Moscovo, nomeadamente contra o facto de Zagreb ter acusado a Rússia de "crimes de guerra na Ucrânia", referiu a agência France-Presse (AFP).
Moscovo acusou, por sua vez, Zagreb de "apoiar militarmente o regime neonazi de Kiev".
Este anúncio surge cerca de uma semana depois de Moscovo ter anunciado a expulsão de diplomatas e funcionários de outros países europeus, nomeadamente Portugal, Espanha, Itália e França, em retaliação por medidas semelhantes adotadas por aqueles Estados a seguir à invasão da Ucrânia.
A Rússia lançou, em 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase quatro mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito superior.
A ofensiva militar causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas -- mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,6 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
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