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Rússia mantém controlo de barragem estratégica para a Crimeia

A Rússia mantém o controlo de uma central hidráulica estratégica, apreendida em final de fevereiro, assegurando o fornecimento de água à região anexada da Crimeia, constatou a agência France-Presse.

Rússia mantém controlo de barragem estratégica para a Crimeia
Notícias ao Minuto

17:05 - 23/05/22 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

Três meses depois de ter sido apreendida pelas forças militares russas, as turbinas da central hidráulica, localizada em Nova Kakhovka, na região de Kherson, no sul da Ucrânia, estão a funcionar, com as instalações intactas e a água a fluir e a desaguar no rio Dnieper.

Os jornalistas da France Presse-visitaram as instalações no passado dia 20, durante uma visita de imprensa organizada pelo Ministério da Defesa russo, sob vigilância permanente de soldados encapuzados e armados com metralhadoras.

Muitos funcionários russos indicaram que a Rússia pretende anexar as regiões ucranianas de Kherson e Zaporizhia, formando assim uma ponte terrestre, ligando o território russo à Crimeia.

A central hidráulica, ainda pintada com as cores ucranianas, é considerada um sensível "objeto estratégico", localizada longe da frente de combates, mais a norte, mas os russos, que ocupam a área, temem atos de "sabotagem" por parte de forças ucranianas.

"Houve tentativas [de sabotadores] de trazer cargas explosivas, mas todas foram frustradas", disse Vladimir Leontiev, um agente pró-Rússia, nomeado por Moscovo para ser responsável pela administração civil e militar do distrito de Kakhovka.

Construída em 1956, durante o período soviético, a barragem hidroelétrica de Kakhovka permite que a água seja enviada para o Canal da Crimeia do Norte, que começa no sul da Ucrânia e atravessa toda a península.

Mas após a anexação russa do território, em 2014, Kyiv fechou as torneiras da barragem, uma medida que causou graves problemas de irrigação e acesso à água na Crimeia.

As novas autoridades pró-Rússia dizem que as entregas de água à Crimeia através do canal foram retomadas no início de março e que, agora, 1,7 milhões de metros cúbicos são enviados para a península todos os dias.

"Há muita água a correr para a Crimeia. Neste momento, estamos a fornecer sem pedir pagamentos. É a nossa contribuição para compensar as perdas sofridas pelos ucranianos e russos durante oito anos", explicou Leontiev.

Na versão deste responsável indicado por Moscovo, "todos os funcionários" da central permanecem no local e trabalham sem interrupção desde 24 de fevereiro, com os funcionários civis a serem controlados por soldados russos.

A central continua a produzir eletricidade que se junta à da rede unificada ucraniana e abastece tanto as áreas ainda sob controlo de Kyiv como aquelas conquistadas por Moscovo.

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