Quando a máfia de Las Vegas queria fazer desaparecer um corpo, usava as profundas águas do Lago Mead, nos EUA, como o seu local de eleição.
Contudo, muitos anos depois, uma seca severa na região ameaça pôr a descoberto muito destes corpos.
No dia 1 de maio, a polícia de Las Vegas foi chamada ao local depois de terem sido descobertos vestígios do que se acreditava tratar de restos humanos.
As evidências no local, nomeadamente o tipo de indumentária usada, provaram ao tenente Ray Spencer que se tratava de um tipo de homicídio cometido entre a década de 70 e 80.
Segundo conta o Mirror, os corpos eram, nesta altura, atirados ao rio dentro de barris de lata, por forma a garantir que jamais voltariam a ver a luz do dia.
O professor Michael Green acredita que esta descoberta pode significar que mais corpos virão a ser descobertos. Para um especialista da época, o corpo em causa pode pertencer a três pessoas: William Crespo, preso por contrabando de cocaína; George 'Jay' Vandermark, um batoteiro em máquinas de jogo, ou Johnny Pappas, um famoso dono de casinos, que desapareceu em 18 de agosto de 1976.
A zona oeste dos Estados Unidos está a viver um seca severa, causada pelas alterações climáticas, tratando-se da pior seca em 1.200 anos na região. Este não é o primeiro corpo a ser descoberto desde que os níveis da água desceram abruptamente.
O lago Mead, entre o Nevada e o Arizona, é o maior reservatório artificial do país e fonte de água para milhões de pessoas.
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