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Rússia tem de pagar caro e "a longo prazo" por invasão à Ucrânia

Joe Biden garantiu também que os Estados Unidos estariam dispostos a intervir militarmente caso a China invadisse Taiwan.

 Rússia tem de pagar caro e "a longo prazo" por invasão à Ucrânia
Notícias ao Minuto

08:10 - 23/05/22 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo Rússia/Ucrânia

O presidente dos Estados Unidos garantiu esta segunda-feira que a Rússia tem de pagar caro e "a longo prazo" pelas "barbaridades" cometidas na Ucrânia, referindo-se às sanções impostas pelos Estados Unidos e pelos seus Aliados a Moscovo. Joe Biden admitiu ainda que os Estados Unidos interviriam militarmente caso a China invadisse Taiwan.

Durante o primeiro dia de uma visita ao Japão, numa conferência de imprensa ao lado do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, Biden questionou que sinal estariamos a enviar à China sobre o custo de tentar tomar Taiwan à força se as sanções a Moscovo não continuassem.

A propósito disso, os jornalistas questionaram o presidente dos Estados Unidos sobre se estaria "disposto a se envolver militarmente para defender Taiwan, se for necessário", ao que Joe Biden respondeu afirmativamente.

"A nossa política em relação a Taiwan não mudou em nada. Continuamos comprometidos em apoiar a paz e a estabilidade em todo o estreito de Taiwan e a garantir que não haja mudança unilateral no 'status quo'", afirmou.

Joe Biden disse que a obrigação de proteger a ilha tornou-se "ainda mais forte" após a invasão da Ucrânia pela Rússia. "Esse é um compromisso que assumimos".

Para o Presidente dos EUA, o uso da força pela China contra Taiwan "simplesmente não seria apropriado" e "mudaria toda a região", constituindo um evento semelhante ao que aconteceu na Ucrânia.

O presidente dos EUA deu o exemplo da 'barbárie' do presidente russo, Vladimir Putin, na Ucrânia, ao bombardear escolas ucranianas.

"Acredito que o que Putin está a tentar fazer é eliminar a identidade da Ucrânia. Ele não pode ocupá-la, mas pode destruir a sua identidade", referiu. "A Rússia tem que pagar um preço a longo prazo por isso." 

China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, depois da derrota na guerra civil frente aos comunistas.

Pequim considera Taiwan parte do seu território, apesar de a ilha operar como uma entidade política soberana, e ameaça utilizar a força, caso o território declare formalmente independência.

Nos últimos anos, centenas de caças chineses entraram na Zona de Identificação da Defesa Aérea (ADIZ) de Taiwan, numa demonstração de força por parte de Pequim

No Japão, Biden vai ainda participar na reunião do grupo Quad, que junta EUA, Japão, Índia e a Austrália, que terá lugar na terça-feira em Tóquio.

Além da reunião entre os quatro países, Joe Biden irá ter encontros bilaterais com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, que deverá viajar para o Japão na terça-feira, logo a seguir a ter hoje tomado posse.

[Notícia atualizada às 08h30]

Leia Também: Biden diz que projeto de cooperação vai beneficiar povos do Indo-Pacífico

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