O presidente da Turquia e a a primeira-ministra da Suécia falaram, este sábado, sobre uma eventual adesão do país nórdico à NATO, algo que Recep Tayyip Erdoğan já disse que iria vetar.

De acordo com o Guardian, o responsável turco exigiu que a Suécia não desse apoio aos curdos, uma vez que, segundo Erdogan, foram encontradas armas suecas no exército curdo, uma milícia com quem a Turquia está em conflito.

O chefe de Estado turco terá também dito que para que o país tivesse o seu apoio seria também necessário a Suécia deixar de restringir exportações de armas para a Turquia, uma medida imposta em 2019.

Do lado da Suécia, parece ter havido também algum espaço para conversações sobre uma eventual entrada, uma vez que a chefe do governo sueco "valorizou" a conversa. "Valorizei a conversa de hoje com o presidente da Turquia acerca da candidatura à NATO", escreveu Magdalena Andersson no Twitter, acrescentando que ambos os países estão "expectáveis em fortalecer as suas relações, incluindo no que diz respeito à paz, segurança e à luta contra o terrorismo".

Appreciate today’s talk with Turkish President @RTErdogan on Sweden’s NATO application. We look forward to strengthening our bilateral relations, including on peace, security, and the fight against terrorism.

— SwedishPM (@SwedishPM) May 21, 2022

Esta conversa decorre depois de o responsável turco ter conversado também com o presidente da Finlândia. No Twitter, Sauli Niinistö referiu uma chamada "aberta e direta com o presidente Erdogan". "Sublinhei que, como aliados da Nato, a Finlândia e a Turquia estariam comprometidas uma com a outra, pela sua segurança e que as suas relações se fortaleceriam. A Finlândia condena o terrorismo em todas as suas formas. O diálogo sustentado continua", disse Niinistö.

An open and direct phone call with President @RTErdogan. I stated that as NATO Allies Finland and Turkey will commit to each other’s security and our relationship will thus grow stronger. Finland condemns terrorism in all its forms and manifestations. Close dialogue continues.

— Sauli Niinistö (@niinisto) May 21, 2022

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