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Autoridades sudanesas libertam dois ex-governantes da prisão

As autoridades do Sudão libertaram dois ex-governantes da prisão, num esforço para aumentar a confiança e pôr fim ao impasse político no país, anunciaram hoje os seus advogados.

Autoridades sudanesas libertam dois ex-governantes da prisão
Notícias ao Minuto

15:39 - 27/04/22 por Lusa

Mundo Sudão

O Sudão, que em 2019 emergiu de 30 anos de ditadura sob o regime de Omar al-Bashir, foi palco de um golpe de Estado em 25 de outubro último, que interrompeu o processo de estabelecimento de um governo civil e mergulhou o país numa crise política e social.

Khalid Omar, ex-ministro da Presidência e membro do principal bloco político civil do país, as Forças da Liberdade e da Mudança (FLM), foi libertado na terça-feira, e Mohammed al-Faki Suliman, antigo membro do Conselho Soberano, a mais alta autoridade de transição, saiu hoje da prisão em Cartum, disse a defesa dos dois ex-governantes.

O Tribunal Criminal do norte de Cartum rejeitou o pedido dos procuradores, que queriam renovar a detenção dos dois políticos enquanto se desenvolvem as investigações sobre uma série de acusações vagas, incluindo traição da confiança pública, dizem os advogados.

Omar e Suliman foram detidos, juntamente com dezenas de outros responsáveis, durante o golpe de Estado de 25 de outubro e libertados um mês depois como parte de um acordo entre a junta militar e o primeiro-ministro, Abdalla Hamdok.

O chefe do Governo demitiu-se em janeiro após não conseguir aproximar os generais dos manifestantes.

Os dois políticos foram novamente detidos em fevereiro no âmbito de uma repressão promovida pelos generais contra os grupos anti-golpe.

Dezenas de ativistas foram também detidos devido aos protestos incessantes contra a junta militar.

Outras figuras do FLM continuam ainda detidas, entre as quais o porta-voz do grupo, Wagdi Saleh.

No início de abril, o líder do golpe militar e atual presidente da junta no poder, general Abdel-Fattah al-Burhan, prometeu libertar presos políticos para abrir a porta a um diálogo intra-sudanês.

Comprometeu-se também a aligeirar as medidas de emergência adotadas após o golpe.

Desde o golpe, condenado pela comunidade internacional, milhares de sudaneses manifestam-se regularmente no país.

A repressão destes protestos resultou em mais de 90 mortos, na maioria jovens, e milhares de feridos, segundo um grupo de médicos sudanês.

Leia Também: UE apela às partes em conflito Darfur para que protejam população civil

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