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Reino Unido alerta para alistamento de civis ucranianos pelos russos

A Quarta Convenção de Genebra proíbe o alistamento de civis protegidos.

Reino Unido alerta para alistamento de civis ucranianos pelos russos

A inteligência britânica, num 'briefing' sobre a situação na Ucrânia, alertou que as tropas russas poderão procurar alistar ucranianos à força para o seu exército, nas zonas que ocupam no leste e sul do país invadido, nomeadamente em Kherson e Zaporizhzhia.

Através do Twitter, o Ministério da Defesa do Reino Unido recordou que, de acordo com a Convenção de Genebra, um estado invasor não pode obrigar civis a combater, ou mesmo permitir o voluntariado de civis do país invadido.

As acusações, acrescentam os serviços de inteligência britânicos, partiram das autoridades ucranianas.

"Isto segue anteriores práticas de alistamento no Donbass e na Crimeia ocupados", afirma também o Reino Unido.

O artigo 51 da Quarta Convenção de Genebra, citado pelo relatório, referente à proteção da população civil num cenário de guerra, declara que "o poder ocupante não pode incitar a pessoas protegidas [civis em zonas ocupadas] para servir nas forças armadas ou auxiliares", e não pode haver "pressão ou propaganda que procure assegurar que o alistamento voluntário seja permitido".

O Reino Unido alerta que, caso as tropas russas prossigam com estas acusações, as ações constituiriam uma violação da Convenção de Genebra, um conjunto de legislação internacional que define os crimes de guerra e de direitos humanos em cenários de conflito e invasão.

Desde o início da invasão da Rússia a 24 de fevereiro, já morreram mais de 2.400 civis ucranianos na guerra, segundo os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. No entanto, a agência da ONU alerta que o número real de mortos deverá ser muito superior, tendo em conta o elevado número de civis mortos em cidades bombardeadas e sitiadas pelos russos, e as valas comuns que vão sendo encontradas em cidades após a retirada de tropas.

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