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Conselho de Segurança da ONU sem unanimidade sobre tensões em Jerusalém

Cinco países europeus pediram na terça-feira uma declaração conjunta pelo fim das tensões israelo-palestinianas em Jerusalém, após uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, mas sem a adesão dos Emirados Árabes Unidos (EAU) ou da China.

Conselho de Segurança da ONU sem unanimidade sobre tensões em Jerusalém
Notícias ao Minuto

06:08 - 20/04/22 por Lusa

Mundo ONU

"A violência deve parar imediatamente. Devem ser evitadas mais baixas civis" e o "status quo dos locais sagrados deve ser plenamente respeitado", sublinharam na declaração Irlanda, França, Estónia, Noruega e Albânia.

A sessão de emergência, que decorreu à porta fechada, foi solicitada pela EAU, Noruega, França, Irlanda e China.

"Condenamos todos os atos de terrorismo e a projeção de foguetes de Gaza contra o sul de Israel", frisaram os cinco países europeus.

"A deterioração da situação de segurança destaca a necessidade de restaurar um horizonte político para um processo de paz credível", acrescentaram.

Hoje, a Organização das Nações Unidas (ONU) apelou a medidas de redução das tensões em Israel e na Cisjordânia, por parte dos vários dirigentes envolvidos, e que seja garantido o 'status quo' dos locais sagrados da região.

Em comunicado, o coordenador especial das Nações Unidas para o Processo de Paz no Médio Oriente, Tor Wennesland, afirmou estar "profundamente preocupado com a trajetória dos eventos nas últimas duas semanas" em Israel e na Cisjordânia ocupada, que resultaram na morte e ferimento de civis.

"Neste momento crucial, em que as tensões permanecem altas e quando alguns dias difíceis ainda estão por vir, todos os esforços para diminuir as tensões devem ser incentivados, enquanto provocações, disseminação de desinformação e incitamento à violência devem ser categoricamente rejeitados", indicou Wennesland.

"Os líderes de todos os lados têm a responsabilidade de reduzir as tensões, de criar as condições para a calma e de garantir que o 'status quo' nos locais sagrados seja protegido", acrescentou o coordenador especial da ONU.

Tor Wennesland informou ainda que a ONU estabeleceu um diálogo construtivo "com todas as partes relevantes para diminuir a situação" e encorajou a que esse envolvimento seja contínuo.

Também hoje, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, manteve contacto telefónico com o ministro das Relações Exteriores israelita, Yair Lapid, e com o presidente da Autoridade Nacional Palestiniana, Mahmoud Abbas, tentando travar a escalada de tensões bilaterais.

Estes contactos surgem pouco tempo após os primeiros confrontos armados entre Israel e as milícias palestinianas na Faixa de Gaza em sete meses e após várias semanas de tensão, que nos últimos dias levaram a fortes incidentes na Esplanada das Mesquitas de Jerusalém.

A violência na região começou há quase um mês, com uma série de ataques em território israelita que foram seguidos por várias incursões das forças de segurança na Cisjordânia, muitas delas provocando fortes confrontos e fazendo vítimas mortais do lado palestiniano.

Desde o último dia 22 de março, quando foi registado o primeiro ataque na cidade israelita de Beersheva, 40 pessoas já morreram em episódios violentos.

As forças de segurança israelitas detiveram 11 palestinianos "suspeitos de terrorismo", em várias incursões na Cisjordânia ocupada nos últimos dias, informou o exército de Israel na segunda-feira.

As incursões ocorreram nas cidades palestinianas de Husan, perto de Belém, e Al-Yamun, na região de Jenin, "devido ao recente aumento da ameaça de terrorismo", disse um porta-voz militar.

No último fim de semana, confrontos entre a polícia israelita e manifestantes palestinianos foram registados na Esplanada das Mesquitas, onde se encontra a Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém Ocidental, o terceiro local mais sagrado do Islão, resultando em pelo menos 17 palestinianos feridos, segundo autoridades palestinianas.

Israel intercetou na noite de segunda-feira um míssil disparado a partir da faixa de Gaza, território controlado pelo grupo armado Hamas, anunciou o exército do Estado hebraico.

Leia Também: Conselho de Segurança da ONU discute na terça-feira tensões em Jerusalém

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