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Tigray. EUA "profundamente preocupados" com denúncias de "limpeza étnica"

O Departamento de Estado dos EUA manifestou hoje a sua "profunda preocupação" com relatos de duas organizações não-governamentais (ONG) de "limpeza étnica" na região de Tigray, na Etiópia, devastada pela guerra.

Tigray. EUA "profundamente preocupados" com denúncias de "limpeza étnica"
Notícias ao Minuto

19:43 - 08/04/22 por Lusa

Mundo Etiópia

"Continuamos a exortar todas as partes a tomarem as medidas necessárias para garantir o fim das hostilidades, acesso humanitário livre e sustentado, investigações transparentes sobre violações de direitos humanos por todos os atores e uma solução negociada para o conflito na Etiópia", sublinhou em comunicado o porta-voz da diplomacia americana, Ned Price.

As organizações Human Rights Watch e Amnistia Internacional acusaram quarta-feira as forças de segurança de Amhara, no norte da Etiópia, de "limpeza étnica", incluindo crimes contra a Humanidade e crimes de guerra, na vizinha região de Tigray Ocidental.

As duas ONG denunciaram que as forças de segurança de Amhara, "expulsaram centenas de milhares de civis das suas casas por meio de ameaças, assassínios à margem da lei, violência sexual, prisões arbitrárias em massa, saques, realocação forçada e negação de ajuda humanitária".

No relatório conjunto, as duas ONG dizem que "estes ataques generalizados e sistemáticos contra a população civil constituem crimes contra a Humanidade e crimes de guerra", que têm contado "com a aquiescência e possível envolvimento das forças federais etíopes".

As organizações, que entrevistaram mais de 400 vítimas e testemunhas, exigiram ao Governo etíope o fim das "atrocidades", o acesso de agências humanitárias à área e o apoio a iniciativas que garantam a responsabilização dos responsáveis por este alegados crimes.

"Nenhuma de nossas forças está implicada em crimes como os referidos no relatório", disse um porta-voz do governo regional de Amhara à agência France-Presse, que classificou as alegações como "mentiras".

Os Estados Unidos da América (EUA) já haviam denunciado em março de 2021 "atos de limpeza étnica" realizados pelas forças de Amhara no oeste de Tigray.

O conflito, que por algum tempo se estendeu além de Tigray, provocou milhares de mortos, deixou milhões de famintos e ambos os lados foram acusados de atrocidades.

Adis Abeba declarou uma "trégua humanitária" em 24 de março, aceite pelos rebeldes com a condição de que a ajuda humanitária chegasse a Tigray.

Uma primeira coluna terrestre com ajuda humanitária chegou hoje à região.

Leia Também: ONGs denunciam crimes contra a humanidade no norte da Etiópia

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