O cheque alimentar foi uma das propostas feita pela Convenção dos Cidadãos pelo Clima em 2019, uma assembleia de cidadãos que propôs diferentes medidas para a transição ambiental em França, e que o Presidente disse querer implementar, embora tenha sido adiada em 2020.
Agora, em 2022, e a alguns dias da primeira volta das eleições presidenciais em França, Emmanuel Macron afirmou que quer introduzir definitivamente este cheque.
"Quero introduzir um cheque alimentar para ajudar as famílias mais modestas e a classe média a enfrentar o aumento dos preços, estimulando a compra de alimentos num circuito curto e a compra de produtos franceses", afirmou Emmanuel Macron, respondendo a questões de cidadãos na rádio France Bleu.
Emmanuel Macron decidiu não participar nos debates entre os candidatos até à primeira volta das eleições, em 10 de abril, preferindo falar diretamente com os cidadãos ou aparecer em entrevistas com jornalistas. Na France Bleu, o candidato foi confrontado com perguntas de 12 franceses, sendo que um dos temas foi o poder de compra.
"A França vai ver-se confrontada com uma crise alimentar mundial", admitiu o candidato Emmanuel Macron.
O Presidente defendeu ainda que a França tem colocado "muito dinheiro" em medidas de apoio às famílias e às empresas, tanto durante a pandemia como agora, para atenuar as consequências do conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
Macron não especificou qual o valor deste cheque nem quem teria direito a recebê-lo.
Leia Também: Emmanuel Macron apela à "calma e responsabilidade" após morte de Colonna