Ex-secretário de Estado dos EUA pede reconhecimento diplomático de Taiwan
O ex-secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse que os EUA devem reconhecer Taiwan como um "país livre e soberano", durante uma visita de três dias à ilha, que termina no sábado.
© Reuters
Mundo Mike Pompeo
Oferecer reconhecimento diplomático a Taiwan "não pode mais ser ignorado, evitado ou tratado como secundário" em relação às relações entre os EUA e a China, disse Mike Pompeo num discurso numa unidade de investigação local.
"Acredito que o governo dos Estados Unidos deve tomar imediatamente as medidas necessárias e há muito esperadas para fazer o que é certo e óbvio, que é oferecer à República da China [nome oficial de Taiwan] o reconhecimento diplomático", disse Mike Pompeo.
O ex-secretário de Estado norte-americano defendeu que se trata "não da futura independência de Taiwan, mas do reconhecimento de uma realidade indubitável e já existente".
"Não há necessidade de Taiwan declarar independência porque já é uma nação independente", disse Mike Pompeo.
"O povo e o governo dos Estados Unidos deveriam simplesmente aceitar o que é fundamentalmente correto e moralmente correto. É fácil. O povo de Taiwan merece o respeito de todo o mundo por seguir esse caminho livre, democrático e soberano," acrescentou.
A visita do ex-secretário de Estado norte-americano inclui encontros com a líder de Taiwan, Tsai Ing-wen, e com o ministro dos Negócios Estrangeiro de Taiwan, Joseph Wu.
Mike Pompeo, que desempenhou o cargo de secretário de Estado, entre 2018 e janeiro do ano passado, na administração de Donald Trump, é um forte crítico do Partido Comunista Chinês, e trabalhou em prol de aproximar Washington de Taipé.
Menos de duas semanas antes de deixar o cargo, em janeiro de 2021, Mike Pompeo anunciou o fim das restrições então vigentes no Departamento de Estado sobre contactos oficiais entre EUA e Taiwan.
A China intensificou a sua pressão militar e diplomática contra Taiwan desde que Tsai assumiu o cargo, em 2016.
O governo de Taiwan diz que quer a paz, mas que se defenderá se for atacado, e que apenas o povo da ilha tem o direito de decidir sobre o seu futuro.
China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas.
Pequim condena qualquer contacto oficial com a ilha e ameaça a reunificação através da força, caso seja necessário.
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