A African Parks, a organização não governamental (ONG) ambientalista que administra a parte do Benim do Parque Nacional W, adiantou pela primeira vez, na quarta-feira, seis mortos e 10 feridos.

No dia seguinte, Paris anunciou a abertura de uma investigação sobre a morte de um cidadão francês, de 50 anos, entre as vítimas do "ataque terrorista perpetrado no Parque W".

Num comunicado divulgado na noite de hoje, a ONG confirmou a morte de antigo militar francês, que trabalhava como "instrutor responsável pela aplicação das leis no parque".

Também confirmou os nove mortos e os 12 feridos anunciados no dia anterior pelo Governo do Benim, após um conselho de ministros extraordinário convocado pelo Presidente beninense, Patrice Talon.

Estes são os ataques mais mortais alguma vez já registados no Benim, considerado uma ilha de estabilidade na África Ocidental, região onde operam muitos grupos 'jihadistas' com ligações à Al-Qaeda e à ao grupo extremista Estado Islâmico (EI).

"A porção de terra denominada 'Triple Point'", zona fronteiriça entre os três países, "foi recentemente considerada crítica devido às ações terroristas", explicou na quinta-feira o secretário-geral do Governo, Edouard Ouin-Ouro.

Os dois ataques na terça-feira resultaram num "total de oito mortos (um agente da Rede de Parques Africanos (APN), cinco guardas-florestais, bem como um instrutor francês e um militar das Forças Armadas do Benim) e 12 feridos".

Também uma patrulha de reconhecimento "sofreu o mesmo destino" na quinta-feira, num terceiro ataque que provocou mais uma vítima mortal, outro agente da APN.

Os ataques ainda não foram reivindicados, mas uma insurgência 'jihadista' oriunda do Sahel espalhou-se para zonas da costa oeste de África, incluindo o norte do Benim.

De acordo com a African Parks, reforços militares adicionais e guardas-florestais foram enviados para a área.

Uma recente onda de ataques na fronteira em países no sul do Sahel confirmou as suspeitas de que grupos 'jihadistas' da região estão a tentar avançar em direção à costa.

O Exército do Benim reforçou a sua presença no norte do país após dois ataques 'jihadistas' no final do ano passado.

No mês passado, dois soldados beninenses foram mortos quando a sua viatura foi vítima de um atentado à bomba improvisado no departamento de Atakora, no norte do país.

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