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Frente Polisário afirma ter matado 12 soldados no Saara Ocidental

Os independentistas sarauís da Frente Polisário afirmaram hoje ter matado 12 soldados marroquinos em fevereiro durante vários ataques no território em disputa no Saara Ocidental.

Frente Polisário afirma ter matado 12 soldados no Saara Ocidental
Notícias ao Minuto

21:54 - 11/02/22 por Lusa

Mundo Saara Ocidental

"A morte destes 12 soldados é o resultado de vários dias de ataques durante o mês de fevereiro e toda a informação está documentada", disse Abdelkader Taleb Omar, embaixador sarauí em Argel, à France-Press.

Segundo o diplomata, "além das perdas humanas, o inimigo sofreu perdas materiais", acrescentando que os dois lados estão "a travar uma guerra de desgaste".

A morte destes soldados não foi confirmada por fontes independentes.

As autoridades marroquinas geralmente abstêm-se de reagir às alegações da Frente Polisário.

No entanto, os meios de comunicação marroquinos, citando fontes de segurança, relataram recentemente ataques com drones [aparelhos aéreos não tripulados] do Exército marroquino contra "elementos armados da Polisário", sem que tenha sido possível obter confirmação oficial.

A agência sarauí SPS publicou esta semana os resultados das operações realizadas entre 01 e 08 de fevereiro ao longo do muro de areia que separa as duas partes em conflito, incluindo uma lista de nomes com as patentes dos 12 soldados marroquinos mortos nos ataques.

A questão do Saara Ocidental, uma antiga colónia espanhola considerada pelas Nações Unidas como um "território não autónomo", colocou durante décadas Marrocos contra a Frente Polisário, apoiada pela Argélia.

Rabat, que controla mais de dois terços do território, propõe um plano de autonomia sob a sua soberania.

A Polisário apela a um referendo de autodeterminação sob a égide da ONU, que foi planeado aquando da assinatura de um cessar-fogo em 1991, mas nunca se concretizou.

Em meados de novembro de 2020, o cessar-fogo de 29 anos foi abalado após o destacamento de tropas marroquinas no extremo sul do território para desalojar combatentes pró-independência que estavam a bloquear a única estrada para a Mauritânia, algo que alegam ser ilegal porque não existia quando os acordos de 1991 foram assinados.

Desde então, a Polisário diz estar "num estado de guerra de autodefesa" e publica um relatório diário sobre as suas operações.

"Os combates vão continuar" mesmo que Marrocos "se recuse a reconhecer que há uma guerra", afirmou Taleb Omar.

O enviado da ONU para o Saara Ocidental, Staffan de Mistura, visitou a região em janeiro para tentar reavivar o processo político para uma resolução do conflito, que está atualmente num impasse.

Leia Também: ONG portuguesas denunciam violações marroquinas aos direitos humanos

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