A polícia iniciou a sua intervenção, na manhã desta sexta-feira, na Universidade Sciences Po Paris, em França, para retirar várias dezenas de ativistas que ocupavam as instalações da escola desde o dia anterior.
De acordo com um estudante desta instituição, "cerca de cinquenta estudantes ainda se encontravam nas instalações da rue Saint-Guillaume", quando a ação policial teve início, refere o Le Figaro.
Os estudantes, que tinham ocupado o Instituto de Estudos Políticos de Paris, conhecido como Sciences Po, agitaram bandeiras palestinianas e entoaram palavras de ordem de apoio aos residentes de Gaza, numa altura em que Israel prossegue a ofensiva na sequência do ataque de 07 de outubro, liderado pelo Hamas.
O Instituto de Estudos Políticos de Paris decidiu encerrar as suas principais instalações na sexta-feira devido a uma nova ocupação por dezenas de estudantes pró-palestinianos, enquanto o governo francês apelou à manutenção da ordem pública nas universidades.
Os estudantes pró-palestinianos tencionam realizar hoje um protesto em frente ao monumento do Panteão, perto da universidade de elite da Sorbonne, para apelar ao fim da ofensiva de Israel em Gaza.
Quinta-feira, realizaram-se protestos semelhantes em algumas outras universidades francesas, como em Lille, norte, e Lyon, centro leste.
O Gabinete do primeiro-ministro francês afirmou que a polícia foi solicitada quinta-feira para retirar os estudantes de 23 'campus' franceses, tendo concluído as operações em todos eles e em poucas horas.
A presença da polícia será mantida nas proximidades de Sciences Po para evitar novos bloqueios, afirmou o gabinete do executivo francês num comunicado.
Na semana passada, as tensões eclodiram perto da universidade de elite, que conta com o Presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro, Gabriel Attal, entre os seus muitos ex-alunos famosos.
Manifestantes pró-palestinianos e pró-israelitas enfrentaram-se num impasse na rua em frente à Sciences Po. A polícia de choque interveio para separar os grupos.
O protesto terminou pacificamente quando os estudantes pró-palestinianos concordaram em sair.
[Notícia atualizada às 14h05]
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