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Vice-secretária-geral da ONU manifesta esperança na paz em Tigray

A vice-secretária-geral das Nações Unidas, Amina Mohammed, manifestou hoje esperança na resolução do conflito no estado etíope de Tigray, afirmando que "há muito mais conversações" sobre o diálogo nacional e o caminho para a paz na Etiópia.

Vice-secretária-geral da ONU manifesta esperança na paz em Tigray
Notícias ao Minuto

19:55 - 09/02/22 por Lusa

Mundo Etiópia

Amina Mohammed visitou a região de Tigray, no norte da Etiópia, assim como outras áreas engolidas pelo conflito que se arrasta desde o início de novembro de 2020, depois de participar na cimeira da União Africana, em Adis Abeba no passado fim de semana, em representação do secretário-geral da ONU, António Guterres.

A deslocação pretendeu ser "uma expressão de solidariedade para com todos os etíopes", de acordo com uma notícia da ONU News, divulgada neste portal das Nações Unidas.

Amina Mohammed destacou que as negociações para a resolução do conflito estão "em andamento" e que há agora "menos confrontos do que há alguns meses", de acordo com a publicação.

A situação está agora "muito melhor e há muito mais conversações" sobre o diálogo nacional e o caminho para a paz na Etiópia, sublinhou Mohammed.

A vice-secretária-geral disse que visitou os estados etíopes de Tigray, Amhara e Somali, onde "observou os esforços do governo e do povo pela paz", segundo o artigo.

Mohammed destacou ainda que a Frente Popular de Libertação do Tigray (TPLF, na sigla em inglês) "mantém as exigências de assistência humanitária, fim dos confrontos e de diálogo".

Amina Mohammed esteve em Afar e depois em Tigray com o enviado especial da União Africana para o conflito, o antigo presidente da Nigéria, Olusegum Obasanjo.

A vice-secretária-geral da ONU apelou ainda a que assistência humanitária seja entregue "com urgência, especialmente às mulheres e crianças afetadas".

De acordo com uma avaliação alimentar do Programa Alimentar Mundial (PAM) em finais de janeiro, 83% da população do Tigray está exposta à insegurança alimentar, incluindo "13% das crianças tigray com menos de 05 anos", além de que "metade das mulheres grávidas e lactantes sofre de subnutrição".

Tigray, um estado com seis milhões de habitantes, está sob o que a ONU classificou como um "bloqueio de facto" há mais seis meses.

A guerra no Tigray eclodiu em 04 de novembro de 2020, quando o primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, enviou o exército federal para aquele estado no norte do país, com a missão de retirar pela força os dirigentes locais da TPLF que vinham a desafiar a autoridade de Adis Abeba há muitos meses.

O pretexto específico da invasão foi um alegado ataque das forças estaduais a uma base militar federal no Tigray, e a operação foi inicialmente caracterizada por Adis Abeba como uma missão de polícia, que tinha como objetivo restabelecer a ordem constitucional e conduzir perante a justiça os responsáveis pela sua perturbação continuada.

O conflito na Etiópia provocou a morte de vários milhares de pessoas e fez mais de dois milhões de deslocados, deixando ainda centenas de milhares de etíopes em condições de quase fome, de acordo com a ONU.

Leia Também: Etiópia: ONG queixa-se por "violações de direitos humanos" por Adis Abeba

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