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Rebeldes Houthis apelam aos civis para "ficarem longe de locais vitais"

O grupo rebelde Houthi, do Iémen, apelou hoje para civis e empresas estrangeiras "ficarem longe de locais vitais" nos Emirados Árabes Unidos (EAU), depois de ter reivindicado um ataque através de drones que matou três pessoas em Abu Dhabi.

Rebeldes Houthis apelam aos civis para "ficarem longe de locais vitais"
Notícias ao Minuto

23:25 - 17/01/22 por Lusa

Mundo Ataque

"Avisamos as empresas estrangeiras, cidadãos e residentes do estado inimigo dos Emirados Árabes Unidos que devem ficar longe de locais instalações vitais para a sua segurança", disse porta-voz Yahia Sarei, num discurso transmitido pelo canal Houthi, Al-Massira, ameaçando com novos ataques.

O grupo rebelde reivindicou hoje, através de um porta-voz, um ataque nos EAU, pouco depois de as autoridades de Abu Dhabi terem confirmado a morte de três pessoas numa explosão.

O porta-voz Yahia Sarei não forneceu mais detalhes sobre a alegada "grande operação militar" e disse que o grupo divulgará uma declaração mais tarde, segundo a agência de notícias Associated Press (AP).

Os Houthis, apoiados pelo Irão, reivindicaram vários ataques contra os EAU que foram depois negados pelas autoridades dos emirados.

A polícia do emirado disse que pelo menos três pessoas morreram e seis ficaram feridas na explosão de um camião-cisterna em Abu Dhabi, capital dos EAU.

A explosão foi desencadeada por um incêndio, que as autoridades admitem que possa ter sido causado por 'drones' (aviões não-tripulados) e que provocou explosões em dois outros camiões-cisterna.

Segundo a polícia, as vítimas mortais são dois cidadãos indianos e um cidadão paquistanês.

Os feridos não foram identificados pelas autoridades.

Os governos dos Emirados Árabes Unidos (EAU) e da Arábia Saudita responsabilizaram os rebeldes iemenitas pelo ataque ao aeroporto internacional de Abu Dhabi, onde deflagrou hoje um incêndio provocado por 'drones' (aviões não-tripulados).

Em Abu Dhabi, as autoridades locais ameaçaram "ripostar" pelo que consideraram tratar-se um ataque "infame" dos Houthis, que provocou a morte a três pessoas -- dois indianos e um paquistanês.

"Os Emirados reservam-se o direito de responder a esses ataques terroristas e a essa escalada criminal sinistra", declarou, num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros dos EAU, citado pela agência noticiosa local WAM.

Em Riade, e também num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros saudita condenou "veementemente, e nos termos mais fortes, o cobarde ataque terrorista" contra o aeroporto de Abu Dhabi e responsabilizou os Houthis.

Os EAU estão em guerra no Iémen desde 2015, e integram a coligação liderada pela Arábia Saudita que lançou ataques contra os Houthis depois de o grupo ter invadido a capital Saná e expulsado o governo apoiado internacionalmente.

Os Houthis reclamaram ataques anteriores ao aeroporto de Abu Dhabi, bem como à central nuclear Barakah do emirado, mas as autoridades dos EAU negaram essas ações.

Os rebeldes já utilizaram 'drones' carregados de bombas para lançar ataques imprecisos contra a Arábia Saudita e os EAU ao longo da guerra.

O grupo também lançou mísseis em aeroportos sauditas, instalações petrolíferas e oleodutos, e usou barcos armadilhados em ataques em rotas marítimas estratégicas.

Embora tenha havido mortes de civis na Arábia Saudita devido a alguns destes ataques, o número esmagador de mortes tem sido no Iémen.

A guerra matou 130.000 pessoas no Iémen - tanto civis como combatentes - e exacerbou a fome e a miséria em todo o país.

O conflito no Iémen é considerado pela ONU como a maior tragédia humanitária do planeta, atualmente, com 80% da população do país a necessitar de algum tipo de assistência para colmatar as suas necessidades básicas.

Localizado no Médio Oriente, junto ao Mar Arábico, Golfo de Aden e Mar Vermelho, e com fronteiras com Omã e a Arábia Saudita, o Iémen tem uma população de cerca de 33 milhões de pessoas.

Leia Também: Coligação liderada pela Arábia Saudita retalia ataques dos huthis

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