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Tribunal volta a adiar veredito de ex-líder Aung San Suu Kyi

Um tribunal birmanês voltou hoje a adiar o veredito num dos julgamentos da ex-líder Aung San Suu Kyi, deposta no golpe militar de 1 de fevereiro.

Tribunal volta a adiar veredito de ex-líder Aung San Suu Kyi
Notícias ao Minuto

07:22 - 27/12/21 por Lusa

Mundo Myanmar

O juiz, que já tinha adiado a sentença em 20 de dezembro, voltou a adiar a decisão sobre uma acusação ligada à posse sem licença de vários 'walkie-talkies' e de um bloqueador de sinal, de acordo com a agência de notícias espanhola EFE.

Neste julgamento, Suu Kyi, já declarada culpada em dois delitos, enfrenta ainda a acusação de violação da lei das telecomunicações, punível com pena até um ano de prisão, e da Lei de Exportação e Importação, punível com até três anos.

A Prémio Nobel da Paz foi condenada a 6 de dezembro a quatro anos de prisão, reduzidos a dois anos pela junta militar algumas horas mais tarde, sob a acusação de incitar à rebelião contra o exército e de violar as regras de prevenção da Covid-19.

A sentença impede Suu Kyi de se candidatar a uma hipotética eleição, caso os militares mantenham a promessa de realizar um escrutínio em 2023.

Depois de ter sido detida no dia do golpe, a líder eleita passou vários meses em prisão domiciliária na sua residência oficial, na capital, e foi mais tarde transferida para um local não revelado, de acordo com os seus advogados.

Além disso, Suu Kyi, de 76 anos, é acusada também dos crimes de violação da lei do segredo e de corrupção, entre outros, que implicam penas de 14 e 15 anos de prisão, respetivamente.

Quase 11 meses depois do golpe, a junta ainda não controla totalmente o país, onde já morreram pelo menos 1.375 pessoas em confrontos entre a oposição e os militares, de acordo com uma organização não governamental birmanesa.

A junta justificou o golpe com uma alegada fraude nas eleições de novembro de 2020, ganhas pelo partido de Suu Kyi, tal como em 2015, e consideradas legítimas pelos observadores internacionais.

Leia Também: Myanmar: Junta militar nega massacre de civis

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