Ucrânia. Putin considera "positiva" reação dos EUA às propostas russas
O Presidente russo considerou hoje "positiva" a reação norte-americana às propostas sobre segurança da Rússia, que exigiu que a NATO e os Estados Unidos cessem o apoio militar a Kiev, e negou novamente qualquer intenção de atacar a Ucrânia.
© Reuters
Mundo Rússia
"Para já, vemos uma reação positiva. Os nossos parceiros norte-americanos disseram-nos que estão prontos para iniciar as discussões, as negociações, a partir do início do ano [2022] em Genebra", afirmou Vladimir Putin, numa conferência de imprensa, frisando que qualquer alargamento futuro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) a Leste é "inaceitável" para a Rússia.
O Ocidente acusa Moscovo de manter uma postura agressiva contra Kiev e de o exército russo ter dezenas de milhares de soldados na fronteira com a Ucrânia, da qual a Rússia já anexou a província da Crimeia em 2014.
Moscovo afirma, por seu turno, querer garantir a sua segurança face às "provocações" de Kiev e do Ocidente e apresentou na semana passada propostas aos Estados Unidos e à NATO com as suas exigências.
As propostas proíbem o alargamento da NATO, em particular à Ucrânia, e limitam a cooperação militar ocidental na Europa de Leste.
"A bola está do lado deles [Estados Unidos e NATO]. Têm de nos responder. Espero que a situação evolua nessa direção", afirmou Putin, sublinhando que Moscovo já nomeou representantes para as futuras negociações em Genebra.
Putin acusou o Ocidente de tentar fazer da Ucrânia um país "anti-Rússia" e de estar a proceder a uma "lavagem cerebral à população".
O Presidente russo avisou que Moscovo não pode continuar a viver em constante antecipação de ameaças à segurança causadas por uma possível colocação de armas ocidentais na Ucrânia.
Argumentou que as armas ocidentais poderiam encorajar o apoio ao uso da força nas relações políticas, em vez da negociação por parte da Ucrânia, para tentar retomar o controlo sobre as regiões separatistas pró-russas e até mesmo recuperar a Crimeia.
Putin exortou o Ocidente a agir rapidamente para responder às propostas russas e alertou que essa discussão tem de se traduzir em resultados rápidos.
"Queremos garantir a nossa segurança e colocamos as coisas de maneira direta: não pode haver mais expansão da NATO para o leste", frisou Putin, exigindo ainda "garantias imediatas" de segurança quer aos Estados Unidos quer à Aliança Atlântica.
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