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Bielorrúsia e Alemanha acordaram negociações ao nivel da UE

O Presidente da Bielorrússia e a chanceler alemã acordaram hoje o início de negociações entre a União Europeia (UE) e Minsk para resolver a crise migratória na fronteira bielorrussa com a Polónia.

Bielorrúsia e Alemanha acordaram negociações ao nivel da UE
Notícias ao Minuto

18:39 - 17/11/21 por Lusa

Mundo Migrações

Alexander Lukashenko e Angela Merkel concordaram que "o problema deve ser elevado ao nível da relação bielorrussa com a UE" e que serão nomeados representantes para iniciar "imediatamente negociações", anunciou o serviço de imprensa da presidência bielorrussa, citado pela agência de notícias estatal Belta.

"É neste contexto que o desejo dos migrantes de viajarem para a Alemanha será estudado", prossegue o comunicado citado, resumindo a conversa de hoje por telefone de Angela Merkel e Alexander Lukashenko, a segunda em três dias.

O porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert, tinha já dito que para melhorar a situação humanitária dos migrantes "faz sentido falar também com aqueles que, em Minsk, podem mudar esta situação, mesmo que se trata de um governante cuja legitimidade, como os outros Estados-membros da UE, a Alemanha não reconhece".

O Presidente polaco, Andrzej Duda, referiu-se já aos contactos entre Alemanha e Bielorrússia e disse que não aceitará quaisquer decisões internacionais sobre soluções que sejam tomadas sem a participação da Polónia.

Andrzej Duda disse também que não há "nenhuma ameaça militar" na fronteira da União Europeia com a Bielorrússia e que a Polónia usa principalmente a polícia civil e guardas fronteiriços para cumprir a sua obrigação de proteger a sua fronteira e a da UE contra a pressão da "migração ilegal".

A presença dos militares polacos é principalmente um apoio, disse o Presidente polaco durante uma visita ao Montenegro.

Milhares de migrantes, principalmente do Médio Oriente, acampam há dias ao longo da fronteira polaca, do lado bielorrusso, na esperança de poderem entrar na UE.

O Ocidente acusa Minsk de, apoiado por Moscovo, ter orquestrado este afluxo desde o verão, em resposta às sanções ocidentais contra a Bielorrússia e para dividir a UE.

A tensão aumentou na terça-feira, quando as forças polacas usaram canhões de água e gás lacrimogéneo contra os migrantes que atiram pedras. Varsóvia acusou o regime de Alexander Lukashenko de dar granadas de fumo e outras armas a quem tentasse atravessar a fronteira.

Leia Também: Número de refugiados na fronteira bielorrussa-polaca ronda os 10 mil

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