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Jornalista dos EUA preso em Myanmar regressa a Nova Iorque

Condenado a 11 anos de prisão, o jornalista Danny Fenster foi libertado esta segunda-feira, regressando hoje a Nova Iorque.

Notícias ao Minuto

15:39 - 16/11/21 por Daniela Filipe

Mundo Myanmar

O jornalista norte americano Danny Fenster, que foi ontem libertado depois de seis meses detido pela junta militar em Myanmar (antiga Birmânia) e condenado a 11 anos de prisão, regressou hoje a Nova Iorque, reunindo-se com a família.

Ontem, o ex-embaixador dos Estados Unidos da América (EUA) nas Nações Unidas, Bill Richardson, anunciou que o jornalista tinha sido libertado e entregue aos seus cuidados, devendo regressar rapidamente a casa pelo Qatar.

Danny Fenster é um dos mais de 100 jornalistas, oficiais dos media e editores que foram detidos desde o golpe militar ao governo de Aung San Suu Kyi, em fevereiro.

Fenster foi recebido no aeroporto pelos pais e irmão, numa reunião emotiva. O jornalista disse ser “incrível” estar em casa, acrescentando estar à espera daquele momento há muito tempo. “Ultrapassa tudo o que tinha imaginado”, referiu.

Chefe de redação da revista online ‘Frontier Myanmar’, Fenster foi condenado na última sexta-feira a 11 anos de prisão e a trabalhos forçados por, alegadamente, espalhar informações falsas ou provocadoras, contactar organizações ilegais e violar a lei da imigração.

O responsável enfrenta ainda mais duas acusações - por terrorismo e sedição -, crimes passíveis a prisão perpétua, depois de ter sido detido a 24 de maio, quando tentava embarcar num voo para os EUA.

O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, já tinha condenado a sentença, sublinhando tratar-se de uma "condenação injusta de uma pessoa inocente".

À chegada, Fenster, que usava um gorro de outro prisioneiro, disse que a primeira coisa que faria seria cortar o cabelo e barbear-se.

Segundo o representante do Michigan, Andy Levin, que representa também a família Fenster no congresso americano, os generais em Myanmar “estavam convencidos de que não valia a pena manter o Danny”, em declarações à rádio WWJ. 

“Se o mantivessem preso e alguma coisa lhe acontecesse, nunca o esqueceríamos. Nunca os perdoaríamos”, acrescentou.

Recorde-se que o golpe de Estado que depôs a líder civil Aung San Suu Kyi reprimiu violentamente as manifestações contra o regime, levando à detenção de cerca de sete mil pessoas e à morte de pelo menos 1.200, de acordo com a Associação de Assistência aos Presos Políticos. Além disso, a junta militar reforçou também o controlo da informação, limitando o acesso à internet e cancelando as licenças dos meios de comunicação.

Leia Também: EUA saúdam libertação de jornalista "detido injustamente" em Myanmar

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