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Jornalista dos EUA libertado apesar de condenação a 11 anos de prisão

O jornalista norte-americano Danny Fenster, detido durante vários meses pela junta militar em Myanmar (antiga Birmânia) e condenado na sexta-feira a 11 anos de prisão, foi hoje libertado, anunciou o ex-embaixador dos EUA nas Nações Unidas Bill Richardson.

Jornalista dos EUA libertado apesar de condenação a 11 anos de prisão
Notícias ao Minuto

12:26 - 15/11/21 por Lusa

Mundo Myanmar

Richardson disse, em comunicado hoje divulgado, que Fenster foi libertado da prisão e entregue aos seus cuidados, devendo regressar rapidamente a casa via Qatar.

"Este é o dia que esperamos que chegue quando fazemos este trabalho", disse Richardson.

"Estamos muito gratos por Danny poder finalmente voltar para os seus entes queridos, que têm trabalhado sempre pela sua libertação, contra todas as probabilidades", prosseguiu.

Fenster, chefe de redação da revista 'online' Frontier Myanmar, foi condenado por, alegadamente, espalhar informações falsas ou provocadoras, contactar organizações ilegais e violar a lei da imigração, tendo sido condenado a 11 anos de prisão e a trabalhos forçados.

A sentença de Fenster foi a punição mais severa atribuída ao grupo de sete jornalistas condenados desde que os militares tomaram o poder em Myanmar, num golpe de Estado realizado a 01 de fevereiro.

Detido desde 24 de maio, quando tentava embarcar num voo para os Estados Unidos da América (EUA), o jornalista enfrenta ainda mais duas acusações - por terrorismo e sedição -, crimes passíveis de prisão perpétua.

O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, já tinha condenado a sentença, sublinhando tratar-se de uma "condenação injusta de uma pessoa inocente".

Segundo Richardson, a libertação de Fenster foi negociada durante uma recente visita a Myanmar, numa reunião presencial com o líder militar que depôs o Governo eleito da Nobel da Paz Aung San Suu Kyi.

Desde o golpe de Estado que depôs a líder civil Aung San Suu Kyi, o exército reprimiu violentamente as manifestações contra o regime, em ações que levaram à detenção de cerca de sete mil pessoas e à morte de pelo menos 1.200 civis, de acordo com a organização não-governamental (ONG) Associação de Assistência aos Presos Políticos.

A junta militar também reforçou o controlo da informação, limitando o acesso à Internet e cancelando as licenças dos meios de comunicação.

Uma centena de jornalistas foram detidos, estando pelo menos 30 ainda na prisão, segundo a agência norte-americana Associated Press (AP).

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