Nobel da Paz. Apostas vão desde o combate à Covid até à defesa do clima
A luta contra a Covid-19, as alterações climáticas e a defesa da liberdade de imprensa estão entre as questões favoritas nas apostas para o Prémio Nobel da Paz, que será atribuído na sexta-feira, em Oslo.
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Mundo Nobel
A Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo a agência espanhola EFE, é uma das candidatas favoritas se a opção for a de distinguir a luta contra a pandemia que matou mais de 4,8 milhões de pessoas no mundo desde o final de 2019, e que alterou o modo de vida em sociedade.
Mas se o Comité Nobel optar por um prémio "ambiental", as opções incluem a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês) e a sua secretária executiva, a mexicana Patricia Espinosa, e a ativista sueca Greta Thunberg.
A organização Repórteres sem Fronteiras (RSF) e o Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) foram apontados como principais concorrentes pelo Conselho Norueguês para a Paz e pelo diretor do Instituto de Investigação da Paz (PRIO) em Oslo, Henrik Urdal, bem como por casas de apostas.
O problema, segundo a EFE, é que nenhum destes candidatos cumpre os critérios definidos pelo magnata sueco Alfred Nobel, o criador dos prémios: devem reconhecer aqueles que contribuem para "a aproximação dos povos e a eliminação ou redução dos armamentos, bem como a formação ou promoção de congressos de paz".
No passado, o Comité Nobel norueguês demonstrou que pode interpretar os critérios de forma vaga, tendo atribuído prémios "ambientais", como ao queniano Wangari Maathai (2004), e a Al Gore e Rajendra Pachauri (2007).
Na lista de possíveis vencedores, também surgem a ativista da oposição bielorrussa Svetlana Tikhanovskaya, juntamente com Alexei Navalny da Rússia, Nathan Law de Hong Kong, o uigur Ilham Tohti, Lpujain al-Hatlou da Arábia Saudita e Fawzia Koofi do Afeganistão.
A Campanha contra os Robôs de Combate, o Centro Palestiniano para os Direitos Humanos, o B'Tselem de Israel, o Tribunal Penal Internacional, a Rede Internacional de Verificação de Factos (IFCN) e a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) também surgem nas apostas.
A lista interminável de potenciais concorrentes para suceder ao vencedor do Programa Alimentar Mundial (PAM) em 2020 inclui também a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, organizações iemenitas como o Centro Saná e o Fórum de Paz para o Iémen, e o Grupo de Análise de Dados de Direitos Humanos (HRDAG).
Este último foi distinguido há algumas semanas com o prémio de Direitos Humanos da Fundação Norueguesa Rafto.
Quatro dos anteriores premiados pela Rafto foram galardoados com o Prémio Nobel: Aung San Suu Kyi da Birmânia, José Ramos-Horta de Timor-Leste, Kim Dae-jung da Coreia do Sul e Shirin Ebadi do Irão.
As listas não são mais do que especulação, porque a identidade dos candidatos só é conhecida se for revelada por quem os nomeia, uma vez que o Comité Nobel só confirma nomes ao fim de 50 anos e só divulga o número total de candidatos.
Este ano, esse número é de 329 candidatos (234 indivíduos e 95 organizações), o terceiro mais elevado de sempre.
Sabe-se que a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), o movimento contra o racismo "Black Lives Matter", os médicos cubanos, o Presidente argentino, Alberto Fernández, e a associação independente de juízes na Polónia foram nomeados.
O Prémio Nobel da Paz é o único dos seis prémios que é atribuído e apresentado fora da Suécia, em Oslo, por desejo expresso de Alfred Nobel (1833-1896), uma vez que a Noruega fazia parte do reino sueco no seu tempo.
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