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Líderes conservadores da Europa central e leste rejeitam imigração

Os chefes de Governo da Hungria, República Checa, Eslovénia e outros países da Europa central e do leste rejeitaram hoje em Budapeste a imigração como estratégia face aos desafios demográficos e defenderam o modelo "tradicional" da família.

Líderes conservadores da Europa central e leste rejeitam imigração
Notícias ao Minuto

16:31 - 23/09/21 por Lusa

Mundo Migrações

O primeiro-ministro húngaro, o ultranacionalista Viktor Orbán, inaugurou a quarta "Cimeira da Demografia" que decorre hoje e sexta-feira em Budapeste para referir que tenta "convencer" os países ocidentais "para que não apoiem a imigração e aceitem que a família é a união de um homem com uma mulher".

Para além dos líderes conservadores da região, participam no encontro como convidados especiais o ex-vice-presidente dos EUA Mike Pence, que ocupou as funções no mandato de Donald Trump, e Jaime Mayor Oreja, membro do Partido Popular de Espanha (direita), antigo ministro e presidente da federação One of Us.

Junto ao local do encontro concentrou-se um grupo de ativistas, mobilizados pela organização não governamental (ONG) húngara "Federação pelas Mulheres", que protestaram contra as políticas de Orbán e a rejeição do direito ao aborto, defendida por Pence e pela ultradireitista francesa Marion Maréchal-Le Pen.

Sob o lema "A família: chave da sustentabilidade", os participantes manifestaram preocupação pelo envelhecimento da população na Europa e insurgiram-se contra o "ocidente", que consideram dominado por uma esquerda europeia que ataca a família tradicional.

"O ocidente não pretende conservar-se, a civilização ocidental não é capaz de se reproduzir", e enquanto os países da Europa central estão mobilizados para que a União Europeia (UE) "não se esqueça das suas raízes", disse Orbán, criticado pelas suas leis contra a comunidade LGBTQ e conhecido pelas suas posições anti-imigração.

"Uma comunidade forte e uma nação forte apenas se pode edificar com famílias fortes", defendeu por sua vez Mike Pence, que qualificou o aborto de "tragédia".

O primeiro-ministro da Eslovénia, Janez Jansa, pugnou pelo fortalecimento do apoio estatal às famílias, após indicar que desde 1950 a natalidade na Europa recuou entre 40 e 70%.

Na mesma linha, o seu homólogo checo, Andrej Babis, pediu medidas para aumentar a taxa de natalidade, de 1,6 para 2,1 filhos por mulher, através de uma alteração "da consciência social" para que se considere "mais positivo ser mãe".

Mayor Oreja, durante um painel, alertou para os perigos que deteta no relativismo, definido como "um ataque permanente" contra os valores da família.

"Uma das formas mais subtis, mais sofisticadas de o fazer, é promovida pela difusão da ideia de que existem muitos tipos de famílias", insistiu Oreja, citado pela agência noticiosa Efe.

O político conservador denunciou ainda um alegado "projeto que pretende de forma acelerada substituir uma ordem social baseada em fundamentos cristãos por outra, melhor dizendo por outra desordem social".

Leia Também: MP pede condenação de homem e empresa por auxílio à imigração ilegal

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