Parlamento israelita consegue aprovar primeiro OE dos últimos três anos
O parlamento israelita votou favoravelmente na quinta-feira, após anos de crise política, um primeiro orçamento de Estado dos últimos três anos, de cuja adoção final dependia a sobrevivência do novo governo, noticia a agência AFP.
© GIL COHEN-MAGEN/AFP via Getty Images
Mundo Israel
A proposta de orçamento semestral aprovada em agosto pelo governo de coligação do primeiro-ministro Naftali Bennett, que sucedeu Benjamin Netanyahu, em junho, foi aprovada com 59 votos a favor e 54 contra no `Knesset´ - o parlamento israelita.
Após esta primeira votação favorável, o orçamento de Estado pode agora ser discutido em comissão parlamentar antes de ser eventualmente ratificado em futuras votações previstas para o outono, adianta a AFP.
"O orçamento do Estado para 2021 será de cerca de 432,5 mil milhões de shekels (cerca de 113 mil milhões de euros) e cerca de 452,5 bilhões de shekels para 2022", indicou o Ministério das Finanças em comunicado.
O governo israelita decidiu apresentar um orçamento único para os anos fiscais de 2021 e 2022.
O Ministério das Finanças justifica que quer "incentivar o emprego e investir no capital humano(...), desenvolver infraestruturas nas áreas dos transportes, habitação, energia e tecnologia e criar condições que favoreçam o crescimento nos setores público e privado".
Devido a uma longa crise política que levou à realização de quatro eleições legislativas em menos de dois anos, nenhum orçamento foi votado em Israel desde 2018.
Em dezembro de 2020, o `Knesset´ também foi dissolvido devido à incapacidade dos deputados em chegarem a um entendimento estável.
Israel tem agora um novo governo liderado pelo líder nacionalista de direita Naftali Bennett, aliado do centrista e ministro Yair Lapid, bem como de partidos de esquerda e de uma formação árabe.
Esta aliança heterogénea é composta por 61 deputados, o próprio limiar da maioria no `Knesset´ (120 deputados).
Se os deputados da coligação decidissem não votar a favor do orçamento, o parlamento seria dissolvido e novas eleições seriam convocadas.
Entretanto, Benjamin Netanyahu criticou hoje em sessão plenária no Parlamento o "péssimo" orçamento que "afeta as camadas mais fracas da sociedade israelita", denunciando, em particular, os "novos impostos cobrados aos cidadãos", em contradição com as promessas do governo.
Em comunicado, o primeiro-ministro Naftali Bennett considerou a votação de "um novo passo em direção a um Estado mais estável e unido".
"Depois de três anos sem orçamento, aprovamos na primeira ronda um excelente orçamento que se pauta pelo bem dos cidadãos e não por interesses políticos", enfatizou.
O ministro dos Assuntos Externos Yair Lapid deu as boas-vindas no Twitter à votação "que fornecerá um orçamento para educação, saúde, transporte" e que se preocupa com os cidadãos israelitas.
A economia israelita está a recuperar após ter sido afetada pela pandemia.
O Banco Central previa em julho um crescimento do PIB de 5,5% em 2021 e de 6% em 2022.
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